Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 0,65% em maio de 2019

Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 0,65% em maio de 2019

Batata, manteiga, açúcar, carne, leite e arroz apresentaram as maiores variações de preços

Correio do Povo

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Em maio de 2019, a Cesta Básica de Porto Alegre calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou queda de 0,65%, passando de R$ 499,38 em abril de 2019, para os atuais R$ 496,13. No ano, a cesta ficou 6,76% mais cara e em 12 meses, registrou alta de 13,34%. Na passagem de abril para maio, dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, sete ficaram mais baratos: o feijão (-9,43%), o tomate (-7,10%), o óleo de soja (-2,70%), a banana (-0,69%), o pão (-0,55%) o café (-0,53%) e a farinha de trigo (-0,40%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais caros: a batata (5,10%), a manteiga (2,38%), o açúcar (1,80%), a carne (1,66%), o leite (1,32%) e o arroz (0,76%).

No ano, sete itens subiram de preço: a batata (61,76%), a banana (25,11%), o feijão (13,71%), a manteiga (11,41%), o leite (5,59%), a carne (2,62%) e o pão (0,11%). Em sentido contrario, seis produtos ficaram mais baratos: o óleo de soja (-3,88%), o tomate (-3,21%), o açúcar (-3,00%)o café (-1,65%), o arroz (-0,75%) e a farinha de trigo (-0,13%). Em 12 meses, doze itens ficaram mais caros: a batata (88,93%), o tomate (37,00%), o feijão (21,95%), a manteiga (16,27%), a farinha de trigo (15,67%), a banana (12,27%), o açúcar (9,71%), o arroz (8,61%) o pão (4,18%), o leite (3,79%), a carne (3,63%) e o óleo de soja (3,13%), e O único produto que registrou queda de preço foi o café (-4,99%). Em maio, o valor da Cesta Básica representou 54,04% do salário mínimo líquido, contra 54,39% em abril de 2019 e 49,87% em maio de 2018. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em maio, cumprir uma jornada de 109 horas e 22min para adquirir os bens alimentícios básicos. Essa jornada foi inferior a registrada em abril (110h 05 min) e maior que a registrada em maio de 2018 (100h 56 min). A variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 644,38%, enquanto a inflação medida pelo INPC/IBGE acumulou 520,18% e o Salário Mínimo registrou alta de 1.440,36% (variação nominal).

Custo da cesta básica diminuiu em 13 capitais 

Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 cidades. As quedas mais importantes foram anotadas em Campo Grande (-13,92%), Belo Horizonte (-7,02%), Goiânia (-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). As variações positivas ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%). A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 392,97) e João Pessoa (R$ 403,57). Em 12 meses, entre maio de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades acumularam alta, que variaram entre 6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife.

Nos primeiros cinco meses de 2019, todas as cidades mostraram alta acumulada, com destaque para Recife (22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor alta foi registrada em Campo Grande (0,26%). Com base na cesta mais cara que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.

Em maio de 2019, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 98 horas e 12 minutos e, em abril, a jornada foi calculada em 100 horas e 32 minutos. Em maio de 2018, quando o salário mínimo era de R$ 954,00, o tempo médio foi de 88 horas e 34 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, 48,52% da remuneração para adquirir os produtos. Esse percentual foi inferior ao de abril, quando ficou em 49,67%. Em maio de 2018, quando o salário mínimo valia R$ 954,00, a compra demandava 43,75% do montante líquido recebido.

Comportamento dos preços

Entre abril e maio de 2019, os preços dos produtos que apresentaram tendência de diminuição foram o feijão, café em pó e óleo de soja. Já as cotações do leite integral e da carne bovina de primeira aumentaram na maior parte das cidades. O preço médio do feijão diminuiu em 16 capitais, em maio de 2019. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, teve o preço médio reduzido, com variações entre -26,58%, em Campo Grande e -4,69%, em Aracaju; apenas em Brasília não variou. Já o feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou queda em todas as cidades, com taxas entre -11,33%, em Curitiba e -5,49%, em Vitória. Em 12 meses, o preço médio do grão carioquinha acumulou alta em todas as capitais: as taxas variaram entre 67,17%, em Belo Horizonte, e 150,10%, em Brasília.

As variações acumuladas do tipo preto também foram positivas, mas em patamares menores entre 21,97%, em Porto Alegre, e 66,54%, em Vitória. Começou a colheita na Região Centro-Sul do Brasil, e a oferta do grão carioca aumentou, reduzindo os preços no varejo. O grão do tipo preto também apresentou bom volume de oferta, o que explicou a queda registrada em maio. O preço do café em pó diminuiu em 15 capitais entre abril e maio. As taxas negativas variaram entre -3,84%, em Salvador, e -0,36%, em Brasília. As altas foram registradas em Goiânia (0,59%) e Curitiba (0,10%). Em 12 meses, apenas Goiânia apresentou taxa acumulada positiva (3,91%) e as demais tiveram diminuição, sendo as mais expressivas anotadas em Belém (-14,55%) e Belo Horizonte (-14,01%).

A colheita do café seguiu firme em maio e os preços no varejo tiveram redução. A lata de 900 ml do óleo de soja teve seu preço diminuído em 13 cidades; ficou estável em Belém e Campo Grande; e, aumentou em Goiânia (1,29%). As diminuições mais expressivas foram registradas em Aracaju (-6,72%) e São Paulo (-4,02%). Em 12 meses, o óleo aumentou em 14 cidades e diminuiu em outras três; as altas variaram entre 0,54%, em Belém e 19,77%, em Goiânia. Apesar de grande parte do óleo de soja bruto ter sido destinada à produção de biodiesel e de ter aumentado o volume das exportações; no varejo, os preços tiveram queda, em maio. O preço do litro do leite integral aumentou em 15 cidades entre abril e maio, com destaque para as taxas verificadas em João Pessoa (5,04%), Natal (4,90%) e Recife (4,76%).

Não houve variação de valor médio em Goiânia; e, em São Paulo, a queda foi de -0,50%. Em 12 meses, a maior parte das cidades teve alta acumulada, com destaque para Goiânia (32,33%), Brasília (15,60%) e Vitória (14,55%). Baixo estoque de leite nas indústrias de laticínios e redução da oferta no campo elevaram o preço do produto integral nos supermercados das várias capitais do país. A carne bovina de primeira apresentou elevação de preços em 13 cidades e as taxas variaram entre 0,11%, em Aracaju e 2,83%, em Recife. Em outras quatro capitais houve queda de preço, com destaque para a taxa de Campo Grande, - 1,71%. Em 12 meses, as altas acumuladas foram anotadas em todas as cidades, com variações entre 1,75%, em Florianópolis e 14,36%, em Goiânia. Oferta restrita de boi para o abate e ritmo aquecido das exportações explicaram os aumentos em maio.


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