CMPC anuncia investimento de R$ 2,75 bilhões para modernizar fábrica na cidade de Guaíba

CMPC anuncia investimento de R$ 2,75 bilhões para modernizar fábrica na cidade de Guaíba

Obra na unidade gaúcha promete gerar cerca de 7,5 mil empregos, e uso de metade dos fornecedores locais


Correio do Povo

Obra na unidade gaúcha promete gerar cerca de 7,5 mil empregos, e uso de metade dos fornecedores locais

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O Rio Grande do Sul irá receber, pelos próximos dois anos, investimento de R$ 2,75 bilhões que criará cerca de 7,5 mil postos de trabalho durante a execução das obras. O projeto promete ainda ter 50% dos fornecedores locais. O anúncio foi feito pelo CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, ao governador Eduardo Leite, na manhã desta sexta-feira, em videoconferência. O aporte será na modernização da unidade de Guaíba.

Os trabalhos devem começar em setembro com previsão de término em 26 meses – até dezembro de 2023. Ao final das obras, a capacidade da unidade será ampliada em 350 mil toneladas por ano – aumento de 18% em potencial de produtividade. Esse é o segundo maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul – ficando atrás somente da criação de Guaíba 2, linha de produção de celulose da CMPC que teve a implantação concluída em 2015.

“É um orgulho para o RS contar com uma empresa deste porte, com as características e os valores que tem a CMPC. Estamos muito felizes que a participação no Estado seja percebida como positiva pelas lideranças no Chile”, destacou o governador nas redes sociais.

Acompanhado virtualmente dos secretários Edson Brum (Desenvolvimento Econômico), Artur Lemos (Casa Civil), Marco Aurelio Cardoso (Fazenda) e Luiz Henrique Viana (Meio Ambiente e Infraestrutura), Leite destacou que o governo esteve desde o início apoiando a empresa, incluindo uma visita do próprio governador à sede da CMPC no Chile, em 2019, procurou agilizar o processo e seguirá à disposição.

Projeto promete economia sustentável

Batizado de BioCMPC, o projeto prevê, além do aumento na capacidade produtiva, diversas medidas de controle e gestão ambiental, como melhorias no tratamento de efluentes, redução nas emissões atmosféricas, aprimoramento nos sistemas de tratamento de gases e melhores estratégias de governança socioambiental.

“Mais importante do que o aumento da capacidade, é que a obra vem acompanhando de melhorias de sustentabilidade, tanto social como ambiental. E a soma dessas medidas vai fazer com que a planta da CMPC em Guaíba seja a unidade mais sustentável do Brasil e uma das mais eficientes do mundo”, afirmou Ruiz-Tagle, do Chile, onde fica a sede da empresa.

As obras de implantação também prometem ser sustentáveis. Além da utilização de mão de obra e fornecedores locais, evitando a migração de pessoas, não haverá canteiro de obras na área de empresa, ou seja, a estrutura será instalada em local distante da unidade industrial para não gerar transtornos às comunidades vizinhas.

No caso das ações voltadas para controles ambientais, o diretor da CMPC destaca a instalação de um novo precipitador eletrostático, com 99% de eficiência na retenção de materiais particulados, e uma nova caldeira de recuperação, que irá substituir o atual equipamento, que funciona a base de carvão. A nova caldeira funcionará a partir de biomassa. “Isso reduzirá em 60% as emissões de gases de efeito estufa, ou seja, combustível fóssil que nós temos na unidade”, anuncia.

Nas ações de melhoria de gestão ambiental, Harger avisa que será criado um novo centro de controle ambiental, que vai funcionar 24 horas no sentido de controlar e prevenir possíveis transtornos para a comunidade.

Mobilidade urbana de Guaíba não deve ser afetada

Outro fator apontado na apresentação do projeto é que a mobilidade urbana da região não deve ser afetada. Todo acesso de pessoas, máquinas e equipamentos será feito pelo acesso privado da empresa à BR-116, não provocando interferência no trânsito local. Os horários de obra também serão diferenciados, com atividades ocorrendo de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Não haverá obras no período noturno, nos finais de semana e nos feriados. 

Os recursos destinados ao projeto serão injetados no mercado durante o período de sua implantação, que se estende por quase dois anos. Do total dos postos de trabalho a serem criados durante a obra, serão cerca de 3,7 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com o governo, a gestão pública terá incremento de aproximadamente R$ 350 milhões em tributos municipais, estaduais e federais.


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