CMPC atinge recorde em 2020 e produz 1,87 milhão de toneladas de celulose em Guaíba
Investimentos da indústria em sustentabilidade superaram R$ 20 milhões e a empresa ainda colaborou com a compra de 135 mil EPIs

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A planta de Guaíba da CMPC, na Região Metropolitana de Porto Alegre, atingiu o recorde de produção de celulose e impressão de papel em 2020. Mesmo com a pandemia do coronavírus, foram produzidos mais de 1,87 milhão de toneladas de celulose e 52,6 mil toneladas de papel. A marca supera os números obtidos em 2018.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira durante entrevista coletiva virtual com o diretor-geral da CMPC Brasil, Maurício Harger. A empresa possui operação em 71 cidades gaúchas com 914 hortos florestais. Conforme Harger, um dos feitos da companhia foi manter, mesmo em meio à pandemia, os milhares de empregos diretos e indiretos da empresa e, sobretudo, adotar protocolos sanitários robustos para cuidar dos funcionários e suas famílias.
“Os fatores para o recorde passam pelo cuidado que tivemos com os nossos funcionários e prestadores de serviço. Eles se sentiram acolhidos durante toda a pandemia. A gente vem fazendo um trabalho de desenvolvimento e treinamento que acabam refletindo em produção”, ressaltou.
Em julho, a empresa realizou uma parada na produção por 11 dias para manutenção da caldeira. Em 2020, também houve um recorde logístico. Foram 2,6 milhões de toneladas de madeira e celulose transportadas por hidrovia.
Os investimentos da CMPC em sustentabilidade superaram R$ 20 milhões. Entre as ações está a colaboração com compra de 135 mil equipamentos de proteção individual (EPIs) e dezenas de respiradores. A empresa também viabilizou a ativação de leitos no hospital de Guaíba e fez doação de 4,5 milhões de máscaras. Com a chegada da vacina e recuperação da economia, o diretor geral da CMPC espera o crescimento da produção de celulose em 2021.
A CMPC também prevê R$ 11,5 milhões de investimentos sociais neste ano. Nos próximos dias, a CMPC deve divulgar um novo projeto de iniciativas para desenvolvimento local e também dará início ao programa “RS + Renda” que pretende possibilitar geração de renda para os produtores gaúchos.
Fundado em 1920 e pioneiro na fabricação de celulose e papel no Chile, o Grupo CMPC é o segundo maior do setor na América Latina, com 44 plantas industriais em oito países: Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. O grupo conta com mais de 17 mil funcionários, operando em três áreas de negócios: celulose, bioembalagens e tissue. A companhia conta com uma rede de comercialização e exportação que tem clientes em 45 países.
A CMPC iniciou suas operações no Brasil em 2009, quando adquiriu a unidade Guaíba da Aracruz Celulose, e é hoje a maior indústria do Rio Grande do Sul. A planta industrial de Guaíba foi inaugurada no dia 16 de março de 1972 e, desde então, é referência pela qualidade dos produtos e pelo desenvolvimento sustentável com base em recursos totalmente renováveis.
Em 2015 a empresa expandiu suas operações com uma segunda linha de produção de celulose. O investimento de R$ 5 bilhões aumentou em quase quatro vezes a capacidade produtiva da planta industrial, que passou de 450 mil toneladas de celulose/ano para 1,75 milhão de toneladas de celulose/ano.
A ampliação criou 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos, além de gerar um programa de formação de mão de obra, beneficiando, aproximadamente, nove mil profissionais. A construção da planta Guaíba 2 favoreceu ainda o estímulo a fornecedores locais, com a contratação de cerca de 180 empresas do Rio Grande do Sul e a arrecadação de impostos de aproximadamente R$ 102 milhões em ICMS e R$ 2,2 bilhões em compras locais.
A empresa CMPC tem um enorme impacto direto na economia local: dos R$ 1,4 bilhão gastos com materiais e serviços, cerca de 70% são comprados no Rio Grande do Sul. Além disso, para cada funcionário contratado pela empresa, são criados sete novos empregos no Estado. Isso significa que a companhia contribui com aproximadamente com 45 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos no Rio Grande do Sul.