Com alta de 2,27% em julho, cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do Brasil, aponta Dieese

Com alta de 2,27% em julho, cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do Brasil, aponta Dieese

Conjunto de alimentos passou a custar R$ 656,92

Correio do Povo

Preço do tomate aumentou 10,50% no período

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Custando R$ 656,92, a cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de julho sendo a mais cara do Brasil. O conjunto de alimentos teve reajuste em julho de 2,27% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira. 

Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, oito ficaram mais caros: o tomate (19,33%), o açúcar (6,98%), a banana (6,19%), o pão (4,92%), o leite (2,77%), a manteiga (2,36%), o café (2,31%) e a carne (0,63%). Em sentido contrário, quatro itens registraram redução de preço: a batata (-11,03%), o feijão (-5,80%), o arroz (-5,41%) e o óleo de soja (-2,06%). A farinha de trigo ficou estável. 

Custo médio dos alimentos aumentou em 15 cidades em julho

Em julho, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 15 cidades e diminuiu em duas, de acordo com a Dieese. A segunda cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 654,43), seguida pela de São Paulo (R$ 640,51). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que apresentaram menor custo foram Salvador (R$ 482,58) e Recife (R$ 487,60).

Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, o Diesee estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em junho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em julho, ficou em 113 horas e 19 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em junho, quando foi de 111 horas e 30 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 55,68% (média entre as 17 capitais) do salário
mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em junho, o percentual foi de 54,79%.


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