Com crise argentina, Anfavea deve revisar projeções para exportação e produção

Com crise argentina, Anfavea deve revisar projeções para exportação e produção

A entidade que representa os fabricantes de veículos prevê queda de 6,2% nas exportações

Correio do Povo e AE

Entidade ressalta a grave crise que atinge a Argentina, principal importador de carros produzidos no Brasil

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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, disse nesta quinta-feira (6), que as projeções da entidade para exportação e produção de veículos em 2019 deverão ser revistas para baixo, em razão da crise da Argentina. Principal destino das exportações de automóveis produzidos no Brasil, a estimativa é que as dificuldades financeiras do vizinho de Mercosul se prolongarão por mais tempo do que imaginavam as montadoras em projeção realizada no ano passado.

As previsões atuais da Anfavea são de queda de 6,2% nas exportações, para 590 mil unidades. "A crise da Argentina (principal destino das exportações) tem sido maior do que imaginávamos e o início da recuperação não vai acontecer no segundo semestre, como esperávamos inicialmente. Então, no momento oportuno, vamos revisar a projeção para exportação para baixo e, obviamente, isso também vai afetar a projeção para produção", disse ele.

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No acumulado de janeiro a maio, o volume de exportações caiu 42,2% em relação a igual período do ano passado. Já a produção de automóveis cresceu 5,3%, no mesmo tipo de comparação, sustentada pelo avanço do mercado interno. Em relação ao mercado interno, o desempenho tem sido semelhante ao que a Anfavea já projetava. A previsão para 2019 é de alta de 11,4%.

A entidade estima que 3,14 milhões de veículos serão produzidos no Brasil em 2019, representando alta de 9% em relação ao ano passado. 

Visita presidencial

O presidente Jair Bolsonaro realiza a primeira visita como mandatário à Argentina. Após reunião fechada no final da manhã de hoje, os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri disseram que um acordo entre o Mercoul e a União Europeia pode ocorrer em breve.  "Estamos muito perto de um acordo com a UE", confirmou Macri ao recebê-lo na Casa Rosada, sede da Presidência.


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