Comitê da Petrobras vota nesta sexta indicação de novo presidente

Comitê da Petrobras vota nesta sexta indicação de novo presidente

Caio Paes de Andrade foi indicado por Jair Bolsonaro para substituir José Mauro Ferreira Coelho, que renunciou ao cargo nesta semana

R7

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O Comitê de Elegibilidade da Petrobras vai votar nesta sexta-feira (24) a indicação de Caio Mário Paes de Andrade para assumir a presidência da empresa. O órgão recebeu na última terça-feira (21) os relatórios necessários para analisar a indicação. Em caso de aprovação, os acionistas da estatal precisam ainda referendar o indicado.

Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Universidade de Harvard e mestre em Administração de Empresas pela Universidade Duke. Ele foi escolhido no fim de maio para comandar a Petrobras no lugar de José Mauro Ferreira Coelho, que renunciou ao posto nesta segunda-feira (20).

O Comitê de Elegibilidade é formado por Francisco Petros e Luiz Henrique Caroli, membros do Conselho de Administração e do Comitê de Pessoas, e por Ana Silvia Matte e Tales Bronzato, membros externos do Comitê de Pessoas. Marcelo Mesquita, eleito pelos acionistas minoritários detentores de ações preferenciais, também participará do processo de análise da indicação.

Ao anunciar a indicação dele, o Ministério de Minas e Energia afirmou que Andrade "reúne todas as qualificações para liderar a companhia a superar os desafios que a presente conjuntura impõe, incrementando o seu capital reputacional, promovendo o contínuo aprimoramento administrativo e o crescente desempenho da empresa, sem descuidar das responsabilidades de governança, ambiental e, especialmente, social da Petrobras".

Enquanto isso, Fernando Borges atua como presidente interino da estatal. Ele é diretor-executivo de Exploração e Produção e foi nomeado pelo Conselho de Administração em decorrência da vacância na presidência da companhia. 

Mauro tomou posse no dia 14 de abril deste ano. À época, argumentou que a redução da dívida bruta da estatal em pouco menos de R$ 60 bilhões abria espaço para investimentos e que havia a intenção de reduzir os custos de extração de petróleo, com o objetivo de aumentar a produtividade.

Coelho substituiu o general Joaquim Silva e Luna, demitido por Bolsonaro no fim de março. Na ocasião, o presidente chegou a dizer que o comando da estatal precisava de "alguém mais profissional". Após a decisão, o militar defendeu a gestão à frente da estatal e as decisões tomadas por ele que foram alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses de aumentos no preço dos combustíveis ao consumidor.

O químico foi o terceiro a ocupar o posto na estatal durante o governo Bolsonaro, depois de Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco. Ele deixou o comando da estatal pelos mesmos motivos que seus antecessores: os reajustes feitos no preço dos combustíveis, que têm incomodado Bolsonaro.

Bolsonaro critica de forma recorrente a política de preços da Petrobras, que adota o modelo PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com que o preço de gasolina, etanol e diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.


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