Confiança do consumidor volta a crescer em agosto

Confiança do consumidor volta a crescer em agosto

Resultado ainda não é suficiente para reverter o desempenho negativo dos meses anteriores

AE

Indicador sobre expectativas para compras de bens de maior valor ficou praticamente estável

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A confiança do consumidor voltou a crescer em agosto, após três meses de desempenho negativo. Esse é o resultado do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta quinta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Inec subiu 2,1% em agosto na comparação com julho e atingiu 101,6 pontos. No entanto, o resultado ainda não é suficiente para reverter o desempenho negativo dos meses anteriores e está em patamar menor que o
registrado no primeiro quadrimestre do ano.

Na comparação com agosto de 2016, o Inec deste mês está 0,4% menor, além de ser 6,2% inferior à média histórica. "A alta na confiança é importante, mas como o índice permanece baixo, ainda é insuficiente para projetar uma forte alta do consumo para o futuro próximo", analisa o economista da CNI Marcelo Azevedo, por meio de nota divulgada pela entidade.

Entre os componentes do Inec, quatro registraram crescimento em agosto, na comparação com julho, o que explica o aumento do índice. A maior alta, segundo a pesquisa, foi o índice de expectativa de desemprego, de 7,4%. Segundo a CNI, isso sinaliza uma redução no número de pessoas que esperam elevação do desemprego.

O índice de endividamento também cresceu 4,7% em agosto, revelando que as famílias estão reduzindo as dívidas. A pesquisa revela ainda que as finanças das famílias estão melhorando, com o índice de situação financeira registrando alta de 2,2% em agosto. Houve alta de 1,5% também no índice de expectativa sobre a renda pessoal.

O indicador sobre expectativas para compras de bens de maior valor ficou praticamente estável, com alta de 0,1% em agosto. Já o índice de expectativas sobre a inflação teve queda de 1,7% no mês, o que sinaliza, segundo a CNI, a maior preocupação dos brasileiros em relação à alta dos preços.

A pesquisa, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 21 de agosto.

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