Congelar ICMS não garante redução no preço final dos combustíveis, diz secretário da Fazenda do RS

Congelar ICMS não garante redução no preço final dos combustíveis, diz secretário da Fazenda do RS

Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) decidiu, nesta sexta-feira, pelo congelamento do ICMS sobre combustíveis por 90 dias

Correio do Povo

Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) decidiu, nesta sexta-feira, pelo congelamento do ICMS sobre combustíveis por 90 dias

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O congelamento por 90 dias do chamado "preço médio ponderado ao consumidor final" não levará a uma baixa dos combustíveis, apontou Marco Aurélio Cardoso, secretário da Fazendo do Rio Grande do Sul. A medida foi aprovada nesta sexta-feira pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados. O secretário, no entanto, reconheceu que o congelamento pode auxiliar a impedir o crescimento nas bombas, causado pelos constantes reajustes pela Petrobras.

Em novembro e dezembro de 2021 e em janeiro de 2022, o preço sobre o qual é feito o recolhimento do ICMS no Rio Grande do Sul estará congelado, independentemente de novos aumentos divulgados pela Petrobras ou pelas flutuações de preços do mercado. O convênio Confaz entra em vigor a em 1º de novembro de 2021 e segue até 31 de janeiro de 2022.

De acordo com ele, a causa do aumento não é o ICMS, mas há empenho dos governadores em contribuir nessa discussão, que passa prioritariamente pelos preços internacionais do petróleo, alta do dólar e alta da inflação. “Temos reiterado que a alta nos combustíveis não está sob gestão das administrações estaduais. O ICMS, embora tenha participação significativa no preço dos combustíveis, se mantém inalterado nos últimos anos”, afirma.

A medida acontece em meio a decorrente alta dos preços dos combustíveis. Nesta semana, o Ministério da Justiça enviou notificação para que a Petrobras e a Transpetro prestem esclarecimentos sobre o aumento do preço dos combustíveis e possíveis riscos no fornecimento de combustíveis, em especial na capacidade de abastecimento. Na quarta-feira, a Petrobras anunciou reajuste de 7,05% (de R$ 2,98 para R$ 3,19) para a gasolina e de 9,15% (de R$ 3,06 para R$ 3,34) para o diesel.

O secretário destacou ainda que no Rio Grande do Sul as alíquotas de ICMS cairão a partir de janeiro, conforme já anunciado pelo governador Eduardo Leite em setembro. No caso da gasolina e do álcool, cairão de 30% para 25% e, o que deve também colaborar para a redução dos efeitos sobre o aumento do combustível.

No Rio Grande do Sul, assim como em outros Estados, o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) é revisto a cada 15 dias pela Receita Estadual, de acordo com as pesquisas nos postos. É sobre esse preço médio cobrado em todas as cidades gaúchas que são aplicadas as alíquotas de ICMS.


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