Correios terão receita de R$ 22 bilhões em 2022
Estatal deve movimentar R$ 1,8 bi a mais no próximo ano em comparação com 2021
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Os Correios devem ter receita de R$ 22,4 bilhões em 2022, conforme estipulado no decreto que aprova o Programa de Dispêndios Globais (PDG) das empresas estatais federais para o exercício financeiro do ano que vem, publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU). Em 2021, o volume total de receitas previstas para a estatal foi de R$ 20,6 bilhões.
Outras estatais em processo de desestatização também terão receita na casa dos bilhões em 2022. A da Eletrobras, por exemplo, é de R$ 35,8 bilhões. A Infraero terá R$ 1,8 bilhão; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 242,3 bilhões; o Banco do Brasil, R$ 743,9 bilhões. A Petrobras tem receita prevista de R$ 415,2 bilhões.
O texto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, define resultados e metas que as estatais deverão gerar em 2022 e contempla empresas em que a União, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto, com exceção das dependentes do Tesouro Nacional.
Privatização dos Correios
A estatal foi inserida no Programa Nacional de Desestatização (PND) em março deste ano. Em agosto, o Projeto de Lei (PL) nº 591/21, do Poder Executivo, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e enviado ao Senado Federal para análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A proposta de venda abrange a exploração dos serviços postais de carta, cartão postal e telegrama. Atualmente, a iniciativa privada atua apenas no segmento de entrega de encomendas.
O arrematante terá de adquirir 100% dos Correios. Ele terá liberdade para definir preço e demais condições para o serviço de entrega de encomendas. Quanto aos serviços postais, o titular da concessão terá exclusividade na exploração por, pelo menos, cinco anos. A regulação do setor será feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).