Dólar cai a R$ 3,73 e Ibovespa encerra pregão em queda de 1,18%

Dólar cai a R$ 3,73 e Ibovespa encerra pregão em queda de 1,18%

Temor sobre um eventual adiamento para agosto da votação em segundo turno da Reforma da Previdência prevaleceu sobre o humor dos investidores

AE

Mercado reagiu à possibilidade de adiamento da votação em segundo turno da Reforma da Previdência

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O dólar teve nesta sexta-feira o quinto dia seguido de queda e acumulou baixa de 2,09% na semana, a maior desvalorização semanal desde maio. O dólar à vista fecha em baixa de 0,34%, a R$ 3,7382. A crescente perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos, que enfraqueceu a moeda americana no exterior, e o otimismo com o avanço da reforma da Previdência, mesmo com a demora na votação dos destaques, contribuíram para a queda. 

Com isso, o real foi a moeda com melhor desempenho esta semana ante o dólar entre uma lista de 35 emergentes. Em julho, a divisa americana recua 2,7% e, no ano, perde 3,3%. 

Influenciado pela queda do dólar no exterior, a moeda americana aqui teve comportamento destoante de outros ativos, como o Ibovespa e os juros futuros, que mostraram mais cautela em meio à demora para votar os destaques da reforma e a possibilidade de a votação no segundo turno ficar para agosto. Já o Credit Default Swap (CDS), um termômetro do risco-país, era negociado a 127 pontos-base na tarde de hoje, bem abaixo do nível que começou o mês, 150 pontos. 

Hoje, na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 3,7304, valor que segundo operadores atraiu compradores da moeda americana e pressionou as cotações para cima. Na máxima, o dólar foi a R$ 3,76. Esses profissionais, porém, veem tendência de dólar em queda pela frente, se os juros de fato caírem nos EUA e as reformas avançarem aqui. 

Ibovespa

O temor sobre um eventual adiamento para agosto da votação em segundo turno da Reforma da Previdência prevaleceu sobre o humor dos investidores do mercado acionário local e, cerca de uma hora antes do fechamento, acelerou as ordens de venda. Assim, o Ibovespa encerrou o pregão perdendo a marca dos 104 mil pontos e revertendo os ganhos acumulados em uma semana curta marcada por um feriado, mas que levou o índice à vista aos 105,8 mil no fechamento de quarta-feira. 

O índice Bovespa fechou em queda de 1,18%, aos 103.905,99 pontos, totalizando giro de R$ 16 bilhões. Durante a sessão de negócios, o índice Bovespa oscilou 1827,48 pontos entre a mínima e a máxima do dia. A negatividade de hoje reverteu os ganhos acumulados na semana que agora encerra com perda de 0,18%. 

Quase no horário do fechamento da sessão de negócios, lideranças da Câmara dos Deputados já admitiam que a votação da reforma da Previdência em segundo turno poderia ser concluída apenas no início de agosto, na volta do recesso parlamentar. Conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em reuniões realizadas entre ontem e hoje, líderes consultaram parlamentares sobre a possibilidade de permanecerem em Brasília no fim de semana e constataram que muitos já tinham voos marcados - o que impediria a formação de um quórum qualificado para apreciar a proposta.


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