Desemprego cai para 11,8% e atinge 12,6 milhões de pessoas, diz IBGE
Pesquisa também mostra aumento do número de trabalhadores informais
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados da pesquisa PNAD Contínua foram divulgados nesta sexta-feira. O estudo mostra que 12,6 milhões de pessoas estão desocupadas. A queda do índice em 0,4 ponto percentual (p.p) se deu em relação ao trimestre de março a maio de 2019 (12,3%) e recuou 0,3 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (12,1%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 33 milhões, com estabilidade em ambas as comparações. A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões de pessoas) foi recorde da série histórica e cresceu nas duas comparações: 3,6% (ou mais 411 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,9% (mais 661 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.
A categoria dos trabalhadores por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas. Houve estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.
Já o rendimento médio real habitual da população ficou estável em relação ao segundo trimestre: R$ 2.298. No período imediatamente anterior o rendimento era de R$ 2.290. Ao mesmo tempo, a categoria dos empregadores ficou estável, com 4,3 milhões de pessoas. Além disso, os trabalhadores domésticos também se mantiveram na mesma quantidade: 6,3 milhões de pessoas.
O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), foi estimado em 11,7 milhões de pessoas e também não teve variações estatisticamente significativa nas duas comparações.
Trabalho intermitente
O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 8,5% (ou mais 568 mil pessoas subocupadas) em relação ao mesmo trimestre de 2018. Assim, são 7,2 milhões trabalhadores na situação. O IBGE classifica como subocupadas por insuficiência de horas as pessoas de 14 anos ou mais que trabalhavam menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais.