Dono do grupo Safra vira réu por corrupção na operação Zelotes

Dono do grupo Safra vira réu por corrupção na operação Zelotes

Joseph é acusado de pagar propina para obter decisões favoráveis no Carf

Correio do Povo

Acusação contra Safra envolve atos para evitar multas de R$ 1,49 bi

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 A Justiça Federal do Distrito Federal acolheu denúncia movida no mês passado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o dono do grupo Safra, Joseph Safra, acusado de pagar propina para obter decisões favoráveis no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Receita Federal (RF).

Com a decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Safra se tornou réu em um dos processos da operação Zelotes. Segundo o Ministério Público Federal a propina foi paga para que servidores interferissem em três processos de interesse da empresa JS Administração de Recursos, empresa do grupo Safra. Essas ações, somadas, envolviam cobranças de multas da Receita no valor de R$ 1,49 bilhão, em valores de agosto de 2014.

Em nota divulgada pelo site G1 à época do oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, a JS Administradora afirmou que “as suspeitas levantadas pelo Ministério Público são infundadas”. O grupo disse ainda que nenhum representante da JS ofereceu vantagem para qualquer funcionário público. “A JS não recebeu qualquer tipo de benefício no Carf. Portanto, não há justa causa para o processo”, concluiu a nota.

Na denúncia, o MPF diz que gravações de conversas telefônicas em 2014, autorizadas pela Justiça, e documentos apreendidos nas investigações comprovam que os quatro servidores ligados à Receita cobraram a propina dos executivos do Safra.

Os procuradores do Ministério Público esclareceram ainda que Joseph Safra não tratou da propina diretamente com os servidores ou com os intermediários, mas foi denunciado porque o ex-diretor do grupo João Inácio Puga se reportava a ele. Segundo o MPF, “um mero diretor não poderia, como realmente não o fez, tomar as decisões que envolviam dívidas correspondentes a 41,26% do capital social”.

Na denúncia, os procuradores pedem a condenação de Joseph Safra por corrupção ativa. Além de Safra, também são alvos o ex-diretor do grupo João Inácio Puga, dois funcionários da Receita, Eduardo Leite e Lutero Fernandes, um ex-conselheiro do Carf, Jorge Victor Rodrigues, e um auditor aposentado, Jefferson Salazar. Os demais acusados também negaram as acusações feitas pelo Ministério Público Federal.

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