Em evento virtual, presidente da CEEE-D aborda desafios e investimentos no RS

Em evento virtual, presidente da CEEE-D aborda desafios e investimentos no RS

Maurício Velloso afirmou que implantação de novas subestações e linhas de energia e um melhor relacionamento com o cliente estão entre as principais ações na administração do Grupo Equatorial

André Malinoski

Evento foi transmitido virtualmente nesta terça-feira

publicidade

O presidente da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), Maurício Velloso, foi o convidado da edição virtual do MenuPOA, realizada nesta terça-feira, em Porto Alegre. O evento “CEEE-D – Perspectivas, Gestão e Desafios do Grupo Equatorial” foi promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Em julho, a empresa passou a ser oficialmente administrada pelo Grupo Equatorial Energia. A implantação de três novas subestações (Porto Alegre, Santa Vitória do Palmar e Cerro Grande do Sul), sete novas linhas de energia, além da construção de 208 quilômetros de redes de distribuição estão entre as principais ações estratégicas da empresa. O presidente da ACPA, Paulo Afonso Pereira, conduziu as conversas.

“São 71 municípios que estão sob a gestão da CEEE. Somos uma empresa que começou a atuar no Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Minas Gerais, Bahia e outras localidades. Nossa vinda para cá foi precedida de pesquisa que fizemos com os consumidores. A CEEE tem uma história no Rio Grande do Sul e queremos participar dessa história”, afirmou Velloso. “A companhia tem um desafio grande. Junto com o time da CEEE, com a equipe técnica e os colaboradores, pretendemos fazer a virada que a empresa precisa ter. Apostamos muito no crescimento do Estado”, completou.

Entre os temas abordados, o presidente garantiu que muitos investimentos serão realizados nos próximos anos, como a modernização das redes elétricas e a promoção de inovações na relação com os clientes. Um plano de 100 dias foi anunciado recentemente pela CEEE-D, englobando mais de 2,4 mil ações em 50 áreas de atuação.

“Vamos trabalhar com o conceito de empresa aberta, modelo de engajamento e integração das equipes, além de fortalecimento, sempre com foco no cliente. Nosso foco é sempre no cliente”, resume. Investimentos imediatos de pelo menos R$ 27,3 milhões serão realizados em duas subestações. Serão destinados R$ 18,8 milhões na construção da subestação 17 de Porto Alegre, o que beneficiará 120 mil clientes. Além disso, R$ 8,5 milhões irão para a subestação Salso, em Santa Vitória do Palmar.

“Temos um desafio operacional de qualidade que temos de superar. Por exemplo, tínhamos limitações de quadro no centro de operações. Apoiados pela direção anterior, fizemos capacitação de profissionais para fortalecer o centro de operações. Este centro é essencial para combater os temporais que temos por aqui. Os temporais e ventos acima dos 100 quilômetros por hora, redes que precisam ser atualizadas, automações necessárias, levam a um quadro de complexidade. Isto exige uma série de atuações que são desenhadas conforme o lugar de concessão”, explicou Velloso.

Questionado sobre o que a companhia vai oferecer como diferencial aos consumidores, Velloso respondeu que “precisamos melhorar a qualidade dos serviços prestados e fazermos as melhorias dos canais de relacionamento com os nossos clientes.” O mandatário relatou ainda que já teve início o estudo de arborização em Porto Alegre, por meio de uma consultoria especializada, a fim de que as áreas verdes sejam preservadas. O presidente abordou o problema dos “gatos” (ligações elétricas clandestinas de energia em que o usuário furta o serviço). “Essa rede prejudica o sistema regular, a receita da companhia e do estado. Temos um mapeamento disso pronto”, garantiu.

Em relação aos elevados valores das tarifas, o presidente explicou um pouco acerca do funcionamento do processo. “Quem define o preço da tarifa de uma concessão é a agência reguladora, não a distribuidora. A gente vai trabalhar de forma prudente. Apenas cerca de 14%, 15% do valor arrecadado fica com a CEEE-D, os demais valores são destinados a encargos setoriais, às geradoras e às transmissoras.” Também foi citado que os tributos não estavam sendo pagos pela companhia antes da venda. “A companhia estava com um endividamento de R$ 8 bilhões e não recolhia Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) há muitos anos. A partir de nossa chegada já estamos honrando o recolhimento de ICMS, inclusive o do mês de julho foi pago 100%”, observou.

O quadro de funcionários, atualmente composto por 2.183 pessoas, deverá passar por reformulação no decorrer do tempo. “Estamos em avaliação do quadro de funcionários da companhia. Somos uma empresa muito voltada e orientada às pessoas. Precisamos entender cada momento das pessoas na CEEE. A partir disso, faremos os ajustes necessários”, respondeu Velloso, após ser questionado sobre o Plano de Demissão Voluntária (PDV).

Outro aspecto destacado durante o evento virtual foi o problema da queda de energia. “Precisamos investir e colocar tecnologia nas redes da CEEE-D, para garantir a energia. Muitas quedas de energia ocorrem em função das redes de distribuição. Colocaremos automação na rede, recuperando rapidamente as quedas de energia”, observou.

Os desafios pela frente são enormes, pois a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elaborou um ranking quanto à continuidade do serviço de fornecimento de energia em 2020. Foram analisadas 29 distribuidoras com número de unidades consumidoras maior que 400 mil. A CEEE-D foi a última colocada na avaliação, evidenciando que o serviço deixa a desejar. A CEEE-D atende 1,6 milhão de clientes distribuídos por 72 municípios da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral.

O evento “CEEE-D – Perspectivas, Gestão e Desafios do Grupo Equatorial” aconteceu por meio de live no perfil da ACPA no YouTube e no Facebook.


Costura sob medida realiza sonhos

Estilista Cleide Souza produz o vestido ideal para noivas, formandas e debutantes

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895