Encontro virtual trata da cadeia produtiva do plástico e da importância dos profissionais da Química

Encontro virtual trata da cadeia produtiva do plástico e da importância dos profissionais da Química

Durante a apresentação, presidente da Sindiquim mostrou detalhes sobre a indústria do plástico, desde a petroquímica até a reciclagem

Jessica Hübler

Encontro virtual organizado pelo Conselho Federal de Química e os Conselhos Regionais de Química tratou sobre o tema "O que você precisa saber sobre o plástico"

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O Sistema CFQ/CRQs, que reúne o Conselho Federal de Química (CFQ) e os Conselhos Regionais de Química (CRQ), realizou mais uma edição do painel digital "Falas da Química". O encontro virtual tratou sobre o tema "O que você precisa saber sobre o plástico". A discussão sobre as questões científicas, mercadológicas e ecológicas ligadas ao plástico, foi realizada por especialistas convidados da Braskem, Plastivida e Abiplast, que falaram sobre a cadeia produtiva do plástico e a importância dos profissionais da Química no setor, entre outros assuntos.

O Conselheiro Federal do CFQ, presidente do Grupo Tecpon e presidente do Sindicato das Indústrias Química do Rio Grande do Sul (Sindiquim), Newton Battastini, ficou responsável pela mediação do painel digital. A primeira palestra foi ministrada pelo gerente de Relações Institucionais da Braskem no Rio Grande do Sul, Daniel Fleischer, sobre o assunto "Indústria do plástico: da petroquímica à reciclagem - Estratégica para o Brasil, essencial para a qualidade de vida".

Durante a apresentação, Fleischer mostrou detalhes sobre a indústria do plástico, desde a petroquímica até a reciclagem, passando pela extração, pelos petroquímicos básicos, pelas resinas termoplásticas, os transformadores plásticos e chegando ao comércio, posteriormente aos consumidores e fechando o ciclo na reciclagem, que seria a economia circular. A Braskem, segundo ele, utiliza o gás de refinaria e a nafta na primeira geração da indústria petroquímica, transformando esses produtos em resinas termoplásticas na indústria de segunda geração.

"A Braskem vai comercializar este produto para a indústria de transformação de plástico que vai então, nas suas fábricas, transformá-las em algo que a gente utiliza no nosso dia-a-dia", destacou. Segundo ele, esse processo de transformação é por temperatura e pressão. "Não há, portanto, qualquer interação com o ambiente ou poluição", ressaltou. A indústria do plástico no Brasil hoje, conforme Fleischer, reúne mais de 12 mil empresas que geram mais de 325 mil empregos.

Sobre a presença do plástico na rotina da população, Fleischer utilizou exemplos como a presença no agronegócio, que utiliza o plástico nas diversas tecnologias utilizadas no setor como em máquinas e outras estruturas utilizadas para aumentar e simplificar a produção. Além disso também comentou sobre os segmentos de infraestrutura e construção, ressaltando que a água potável é conduzida, armazenada e distribuída pelo plástico.

Além de falar sobre as vantagens dos plásticos, Fleischer declarou que não é possível negar as evidências de que os resíduos plásticos estão por aí. "Todas as empresas e entidades ligadas ao setor estão fazendo iniciativas diferentes para acabar com esse tipo de situação, apesar de não ser uma solução fácil, podem ter certeza que isso está acontecendo", enfatizou.

De acordo com Fleischer, se os resíduos plásticos estão nos lugares errados, foi porque pessoas utilizaram e descuidaram de seus resíduos após o consumo. "O papel é fazer com que a gente amplie, cada vez mais, a reciclagem", destacou. Para atuar no combate ao descarte irregular de resíduos plásticos, a Braskem tem o projeto Ser +, que iniciou em 2009 no Rio Grande do Sul.

"De 2009 até agora, seguimos com apoio contínuo e a gente vem evoluindo cada vez mais. Ao todo são 43 cooperativas em todo o País", detalhou Fleischer. Segundo ele, a reciclagem dos plásticos gera benefícios sociais e ambientais e maior renda para os trabalhadores das cooperativas. Os plásticos, conforme Fleischer, são 100% recicláveis embora hoje não sejam 100% reciclados.

"Proibições causarão outros problemas, além de o Brasil gerar muito emprego e tributo através da indústria do plástico", reiterou. As soluções, no entendimento de Fleischer, devem ser conjuntas e partem principalmente da educação ambiental. "Estimular a efetiva coleta seletiva nas cidades, otimizar unidades de reciclagem e ampliar e fomentar a economia circular", pontuou.

Também participaram do evento o diretor superintendente da Abiplast e do Sindiplast, Paulo Teixeira, com a palestra sobre "Economia Circular do Plástico" e o presidente da Plastivida e diretor superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), Miguel Bahiense Neto, que falou sobre "Cadeia produtiva do plástico: realidade, gargalos e soluções".


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