Entenda por que os ovos de Páscoa estão mais caros em 2022

Entenda por que os ovos de Páscoa estão mais caros em 2022

Inflação dos combustíveis e preço do dólar no fim do ano passado são os principais responsáveis pelo aumento

R7

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O preço do ovo de Páscoa disparou em 2022. O produto está 40% mais caro do que em relação ao ano passado, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados). Entre os principais motivos para a alta nos preços está o aumento da gasolina e do diesel, o que encareceu os custos logísticos da produção. Nos últimos 12 meses, os combustíveis acumulam alta de 33,33% dos preços em 12 meses, conforme dados do IBGE.

O dólar também afetou o valor dos ovos de Páscoa. Apesar de a moeda americana vir registrando quedas, a desvalorização não está sendo sentida no segmento. Isso porque, a preparação para produção dos ovos começou meses atrás, quando o dólar ainda estava mais caro.

“Esse componente inflacionário não passou ainda, o que acaba impactando o setor. Além disso, tivemos uma alta considerável do dólar no ano passado, o que afetou a compra de insumos importados”, avalia a professora de economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), Nadia Heiderich.

Sem contar ainda o aumento sazonal do preço do cacau, que é comum nessa época do ano por causa do aumento da demanda de chocolate.

Ovos perdem lugar para opções mais baratas

De acordo com Heiderich, a tendência é que os brasileiros deem preferência para alternativas mais em conta. “O brasileiro tem perdido um pouco o interesse em ovos de Páscoa tradicionais há alguns anos, justamente devido à disparidade de preços. Os consumidores estão buscando soluções mais baratas que vão desde às barras e bombons de marcas conhecidas, como as opções de fabricação artesanal”, afirma.

Tradicionalmente, os ovos de Páscoa são mais caros que as outras opções de chocolate para presentear amigos e familiares na data. Mesmo quando têm peso igual ou até menor em gramas que uma barra de chocolate, o ovo geralmente sai mais caro. Isso acontece, por conta, deles terem maior valor agregado e um custo de fabricação mais elevado.

“A produção dos ovos incorpora mais mão-de-obra, mais embalagens, maior custo logístico. Para atender à produção maior, se faz necessário também a contratação de funcionários, mesmo que temporariamente”, explica a professora da FECAP.

O crescimento de empregos na área

Dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) indicam que devem ser gerados 8.518 empregos temporários em fábricas e em pontos de venda, dos quais 31% destinados a empregos diretos e 69% indiretos.

Um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços) projeta que o comércio deve faturar R$ 2,16 bilhões com a Páscoa de 2022. Considerando valores corrigidos pela inflação, é uma alta de 1,9% em relação a 2021. Mas, segundo a projeção, o volume movimentado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes da pandemia, em 2019, quando atingiu R$ 2,29 bilhões. Tradicionalmente, os ovos de Páscoa são mais caros que as outras opções de chocolate para presentear amigos e familiares na data. Mesmo quando têm peso igual ou até menor em gramas que uma barra de chocolate, o ovo geralmente sai mais caro. Isso acontece, por conta, deles terem maior valor agregado e um custo de fabricação mais elevado.

“A produção dos ovos incorpora mais mão-de-obra, mais embalagens, maior custo logístico. Para atender à produção maior, se faz necessário também a contratação de funcionários, mesmo que temporariamente”, explica a professora da FECAP.

O crescimento de empregos na área

Dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) indicam que devem ser gerados 8.518 empregos temporários em fábricas e em pontos de venda, dos quais 31% destinados a empregos diretos e 69% indiretos.

Um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços) projeta que o comércio deve faturar R$ 2,16 bilhões com a Páscoa de 2022. Considerando valores corrigidos pela inflação, é uma alta de 1,9% em relação a 2021. Mas, segundo a projeção, o volume movimentado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes da pandemia, em 2019, quando atingiu R$ 2,29 bilhões. 


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