Entidades se manifestam após anúncio de aumento da Selic

Entidades se manifestam após anúncio de aumento da Selic

Setores produtivos temem que aumento restrinja atividade econômica


Agência Brasil

Medida foi anunciada nesta quarta-feira

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Entidades e federações se manifestaram sobre a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de ajustar a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, de 11,75% para 12,75% ao ano.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou “equivocada” a decisão. Para a confederação, a taxa anterior já era suficiente para garantir uma trajetória de queda da inflação nos próximos meses, argumentando que a alta leva tempo para restringir a atividade e, consequentemente, segurar a alta dos preços. “Este novo aumento da taxa de juros deve comprometer ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Para a indústria, a intensificação do ritmo de aperto da política monetária piora as expectativas para o crescimento econômico em 2022, com efeitos adversos sobre a produção, o consumo e o emprego”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota divulgada pela entidade. 

Ainda segundo avaliação da CNI, a expectativa de inflação cadente e a trajetória incerta de recuperação da atividade econômica demandam uma política monetária mais moderada e atenta aos desafios de crescimento do Brasil no curto prazo. Já a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considera que, apesar de esperado, o décimo aumento consecutivo da Selic é “ineficiente e pouco efetivo no controle do nível de preços neste momento”.

De acordo com a entidade, a atividade econômica já tem sentido os efeitos do início do ciclo de alta da taxa de juros, contudo a inflação não tem dado sinais de abrandamento. “A desorganização das cadeias de produção, provocada pela pandemia de covid-19, e os impactos derivados da guerra na Ucrânia reforçam que a inflação advém de choques externos e temporários de oferta, e não de demanda. A nova alta de juros penaliza ainda mais o nível de atividade e reforça a perspectiva de desaceleração econômica em 2022”, avaliou a Firjan.
 
A federação disse ainda que “nesse contexto, vale ressaltar que os gargalos da cadeia de insumos mostraram a necessidade de diversificar fornecedores e fortalecer indústrias estratégicas, trazendo a urgência de políticas de longo prazo para a indústria. Além disso, as incertezas relacionadas ao arcabouço fiscal mantêm elevada a percepção de risco nas contas públicas, que continuam sendo fator de risco para a economia brasileira”. Ainda em nota, a Firjan voltou a afirmar a necessidade de reformas que sinalizem equilíbrio nas contas públicas, e classificou a medida como “impreterível” para a retomada do crescimento sustentável.


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