Ex-gestor Badesul nega descredenciamento junto ao BNDES

Ex-gestor Badesul nega descredenciamento junto ao BNDES

Marcelo Lopes rechaçou calote por parte das empresas Iesa e Wind Power

Jessica Hübler

Marcelo Lopes rechaçou calote por parte das empresas Iesa e Wind Power

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O gestor do Banco de Fomento do Rio Grande do Sul (Badesul) na gestão de 2011 ao início de 2015, Marcelo Lopes, prestou esclarecimentos sobre informações incorretas que estavam sendo disseminadas a respeito da situação da agência junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O limite de crédito do Badesul permanece o mesmo junto ao BNDES e a agência não foi descredenciada”, afirmou.

Conforme Marcelo, o Badesul nunca foi descredenciado do BNDES e, além disso, em momento algum houve “calote” por parte das empresas Iesa e Wind Power em relação aos valores dos financiamentos que foram aprovados para as mesmas. “As duas empresas estão em processo de recuperação judicial, mas em momento algum foi declarada falência de nenhuma delas. Recuperação Judicial não significa falência”, explicou Marcelo. Portanto, segundo o gestor, não é possível afirmar que não houve pagamento ou que nunca haverá. “O Badesul possui garantia real em relação aos financiamentos que foram disponibilizados para as duas instituições, em momento algum houve calote ou qualquer descredenciamento do Badesul pelo BNDES. É incorreto afirmar qualquer uma destas coisas”, ressaltou.

Segundo ele, as duas empresas devem quitar os valores dos financiamentos. A Iesa, por exemplo, que obteve o valor R$ 40 milhões para o projeto do Polo Naval Jacuí em Charqueadas, onde também iriam atuar as empresas UTC Engenharia, Tome Engenharia e METASA S/A. “Atualmente, a unidade da METASA, projeto também financiado pelo Badesul, se encontra produzindo normalmente”, pontuou Marcelo. A empresa já está em fase final do processo de recuperação judicial. O saldo devedor da Iesa com o Badesul é de R$ 44,5 milhões e deve ser quitado com parte dos recursos da alienação em Charqueadas, que é um colateral do credor. “Charqueadas está avaliada em R$ 88,5 milhões”, consta no documento do plano de recuperação judicial do Grupo Inepar, do qual a Iesa faz parte.

Em relação à Wind Power (WPE), que recebeu R$ 50 milhões para o desenvolvimento de um “cluster” eólico, está em outra fase da recuperação judicial. Os valores também devem ser acertados e “ninguém dará calote em ninguém”. “Estamos pressionando a empresa pelos pagamentos e uma renegociação de dívidas já está sendo construída junto com a WPE no âmbito da recuperação judicial”, ressaltou Marcelo.

Ele lembrou ainda que, ambos financiamentos, foram realizados em um período em que o Brasil e o Rio Grande do Sul ainda registravam perspectiva de crescimento econômico, antes da crise política e econômica.

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