Expectativa para a inflação supera 10,1%, e previsão do PIB cai a 4,8%, diz BC

Expectativa para a inflação supera 10,1%, e previsão do PIB cai a 4,8%, diz BC

Mercado financeiro sinaliza que dólar vai encerrar o ano cotado a R$ 5,50 e taxa básica de juros será de 9,25% ao ano, conforme levantamento

R7

publicidade

Os economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela 33ª semana seguida, suas previsões para a inflação de 2021. As projeções para o crescimento da economia, por sua vez, recuaram pela sexta vez consecutiva e agora figuram em 4,8% no fim deste ano.

Conforme as estimativas divulgadas nesta segunda-feira, a aposta atual é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 10,12%. Na semana passada, as apostas eram que a inflação terminaria o ano em 9,77% e, há quatro semanas, em 8,96%.

Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 perto do triplo da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Para 2022, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela 18ª semana consecutiva, de 4,55% para 4,96%. A aposta para 2023 avançou de 3,32% para 3,42% e a de 2024 subiu a 3,1%, ante 3,09% previsto na semana passada.

Apesar da previsão de maior alta nos preços, a expectativa para o dólar ficou mantida em R$ 5,50. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta de 16,95% neste ano.

PIB

Novamente, os analistas reduziram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. A nova expectativa aponta para um crescimento de 4,8% das riquezas nacionais. Na semana passada, a expectativa era de uma alta na casa de 4,8% e, há quatro semanas, de 4,97%. 

Após projetar na semana passada, pela primeira vez, que as riquezas brasileiras vão crescer abaixo de 1% no ano que vem, a nova revisão foi ainda mais pessimista e sinaliza para um crescimento de apenas 0,7% do PIB em 2022. 

As mudanças das estimativas são impulsionadas pelas recentes altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis, que causam um efeito cascata em outros produtos da economia, e pelo temor de rompimento do teto de gastos com o pagamento do Auxílio Brasil, programa idealizado para substituir o Bolsa Família.

Juros

Com as novas estimativas apresentadas, ficou mantida a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, que deve finalizar 2021 no patamar de 9,25% ao ano, o que representa uma nova alta de 1,5 ponto percentual da taxa no próximo dia 8 de dezembro, quando ocorre a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

A alteração aparece nas apostas para o ano que vem. De acordo com os principais analistas do mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2022 em 11,25% ao ano, patamar 0,25 ponto percentual acima do previsto na semana passada e 1,75 ponto percentual maior do que a previsão feita há quatro semanas.


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895