Expoagas 2019 abre com a expectativa de R$ 520 milhões em negócios

Expoagas 2019 abre com a expectativa de R$ 520 milhões em negócios

Feira promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados recebe 372 expositores e terá a participação de 48 mil pessoas ligadas à cadeia de abastecimento supermercadista

Cláudio Isaías

Presidente da AGAS, Antônio Longo, revelou na abertura que o setor supermercadista representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado

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Com a expectativa de R$ 520 milhões em negócios entre 372 expositores e a participação de 48 mil pessoas ligadas à cadeia de abastecimento supermercadista, a Expoagas 2019 - 38ª Convenção Gaúcha de Supermercados, promovida Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), começou nesta terça-feira no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. Além da feira de negócios, o evento conta com fornecedores de produtos, equipamentos e serviços para o varejo e apresentará mais de 800 novidades ao mercado. A Expoagas 2019 possibilitará, em uma série de palestras, visitas, seminários e oficinas para os visitantes.

Na abertura, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, afirmou que o setor supermercadista gaúcho hoje representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, recebendo diariamente quatro milhões de consumidores gaúchos. "Esperamos que a feira proporcione mais conhecimento e sobretudo grandes negócios a toda a cadeia, impulsionando o crescimento não apenas para os supermercados. Pela primeira vez, neste ano ampliamos a isenção das pré-inscrições a produtores rurais de todo o Estado e às suas famílias, oferecendo as grandes oportunidades a um setor que merece todo o respeito e nossa atenção", destacou.

Conforme Longo, a principal reivindicação a ser levantada pelo setor é a possibilidade dos supermercados comercializarem, em suas lojas, os medicamentos que não necessitam de prescrição médica. “Defendemos o direito das farmácias venderem alimentos, itens de bazar e de higiene, mas queremos o mesmo livre comércio para os supermercados. Afinal, os medicamentos sem prescrição já estão ao alcance dos clientes no autosserviço das farmácias, além de serem comercializados sem restrições por televendas e internet. Não há porque criarmos reservas de mercado em nome do corporativismo. Precisamos de um novo Brasil e de um cenário de liberdade econômica, com interferência mínima do Estado”, acrescentou.

Outras reivindicações do setor são a definição de regras para a manipulação de carnes e fiambres em supermercados e a simplificação tributária em todos os setores. “São questões técnicas nas quais estamos trabalhando para garantir, acima de tudo, segurança alimentar aos consumidores e proteção jurídica às empresas. Mas é preciso elogiar o trabalho dos corpos técnicos do Governo do Estado e a boa vontade para contribuir nestes temas”, salientou.

O presidente da Agas  disse que, no ano em que o número de indústrias fechadas em São Paulo foi o maior da década, causa preocupação que o percentual de empresas gaúchas seja o menor da história entre os expositores. "Sempre defendemos que a indústria gaúcha aproveitasse a Expoagas para apresentar a sua excelência ao varejo brasileiro e mundial, e ainda que sejamos maioria de gaúchos entre os estandes, pela primeira vez o percentual de empresas regionais está abaixo dos 70% entre os expositores", ressaltou.

Ele afirmou que como sempre a entidade defende uma indústria forte, um setor primário forte e uma economia plenamente aquecida. "A retomada da economia brasileira será um processo lento e gradativo, talvez mais vagaroso do que a maioria de nós esperávamos. Mas temos a convicção de que a competente equipe econômica do governo Federal, comandada pelo ministro Paulo Guedes fará as reformas de que o país tanto precisa", ressaltou.

Longo disse acreditar na proposta econômica do ministro Paulo Guedes e ainda temos muitas mudanças por vir, as Reformas da Previdência e tributária, e na consolidação da operação Lava Jato. Que o bem vença o Mal, e que o Ministro Sérgio Moro, continue podendo fazer as mudanças que a maioria dos Brasileiros sonham.

Presente na abertura, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) João Sanzovo Neto, disse que os supermercados brasileiros registraram crescimento real de 2,64% em relação ao mesmo período de 2018. De acordo com o índice nacional  de vendas Abras, é o melhor resultado para o período dos últimos seis anos. "Mesmo com uma economia em processo lento de crescimento estamos no caminho certo. O governo federal está empenhado em remodelar as estruturas do ambiente de negócio", ressaltou. Sanzovo afirmou ainda que um grande passo foi dado com a recente aprovação na Câmara dos Deputados da MP da Liberdade Econômica que removeu obstáculos burocráticos à iniciativa empresarial.

O presidente da Abras disse que a reforma tributária que está sendo debatida no Congresso Nacional necessita muito da mobilização do setor. "Nos próximos meses, a Abras estará empenhada em debater a reforma tributária com as associações estaduais para elaborar em conjunto uma proposta que atenda às necessidades do setor supermercadista", explicou.

Na cerimônia de abertura, o deputado Jerônimo Goergen (PP) foi homenageado com a medalha Supermercadista Honorário. Segundo Longo, o setor produtivo acredita nos bons políticos brasileiros. "O deputado foi premiado por sua coragem em estabelecer o melhor texto da Medida Provisória da Liberdade Econômica, e em dar oportunidade a todos de gerar emprego e renda, indo contra um pequeno grupo, que adora benécias para eles próprios, mas é contra a liberdade de todos a terem direito a emprego e renda", destacou o presidente da Agas.

A solenidade contou com as presenças dos presidentes do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, da FCDL/RS, Vítor Augusto Koch, e da Fecomércio/RS, Luiz Carlos Bohn, dos secretários estaduais da Agricultura e da Fazenda, Covatti Filho e Marco Aurelio Santos Cardoso, que representaram o governador Eduardo Leite, e do secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, que representou o prefeito Nelson Marchezan Júnior.


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