Exportações gaúchas caem 3,1% no segundo trimestre, aponta Fiergs
Instituição citou a crise argentina, embargo russo à carne suína e greve dos caminhoneiros como responsáveis
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Para a Fiergs, a crise cambial na Argentina e a redução das vendas de carne suína provocada pelo embargo da Rússia, no contexto externo; e a greve dos caminhoneiros, no contexto interno, foram responsáveis pela forte retração.
“O cenário externo atual impõe desafios ao setor exportador gaúcho, ao afetar negativamente a demanda de alguns dos nossos principais parceiros comerciais. Ainda que a desvalorização da taxa de câmbio observada nos últimos meses ajude na competitividade das nossas mercadorias, o aumento da volatilidade da cotação é ruim para o planejamento das empresas. A complexidade do quadro econômico e político interno também contribui para o aumento da incerteza e a retenção da produção”, explica o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
A greve dos caminhoneiros contribuiu para o declínio de 8,7% do volume de cargas embarcadas pelo Porto de Rio Grande entre maio e junho: 417 mil toneladas a menos em termos absolutos. Já a venda de carne suína para os russos caiu 56,6% em função do embargo. Treze das 23 categorias do setor industrial que realizaram alguma operação de exportação no segundo trimestre registraram queda, cinco tiveram expansão e cinco se mantiveram estáveis.
Na análise de junho de 2018 com o mesmo mês de 2017, as exportações do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 1,47 bilhão, recuo de 12,9%. Desse total, a indústria foi responsável por US$ 972 milhões, retração de 18%. As maiores contribuições para esse resultado vieram de Alimentos (-40,6%), Químicos (-25,4%), Tabaco (-25,6%), Máquinas e equipamentos (-22,4%), Materiais elétricos (-53,8%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,8%). Já Celulose e papel (71,4%), Couro e calçados (6,3%), Borracha e plástico (17,4%) e Móveis (28,6%) foram os destaques positivos.