Falta de produtos nos supermercados, aumentou 21% durante a paralisação, diz entidade
Em média, estoque de itens não perecíveis nos supermercados dura cerca de 15 dias
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Munhoz avalia que a ruptura é consequência da crise de abastecimento gerada pela paralisação de caminhoneiros e também do fato de que muitas famílias correram para estocar alimentos em casa, comprando mais do que o esperado nos primeiros dias de paralisação. Em média, o estoque de itens não perecíveis nos supermercados dura cerca de 15 dias. Com a paralisação chegando ao nono dia, o nível de estoques atinge um patamar mais delicado, avalia Munhoz.
A falta de produtos nas gôndolas tem impacto nas vendas. Uma regra comum no setor é que, a cada dois pontos porcentuais de aumento na ruptura, há queda de 1% nas vendas. Assim, o aumento na ruptura do feijão já pode representar uma queda de cerca de 8% nas vendas desse item.
"É importante ressaltar que o varejo de supermercados é um setor de margens pequenas, ou seja, esse impacto nas vendas representa um impacto significativo na rentabilidade e pode significar até mesmo prejuízo para muitas empresas ao longo desse mês", diz Munhoz. Para ele, a normalização dos estoques ainda deve demorar mesmo que a greve se encerre, o que significa pelo menos um mês de vendas já comprometidas.