Gasolina volta a subir nos postos e preço da aditivada supera R$ 9
O litro do combustível ficou R$ 0,29 mais caro e o preço máximo da aditivada chegou a R$ 9,280 pela primeira vez
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Mesmo sem reajuste da Petrobras há 3 meses nas refinarias, o preço médio da gasolina nos postos do país voltou a subir. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do combustível, que havia caído por três semanas seguidas, ficou R$ 0,29 mais caro, passando de R$ 7,218 para R$ 7,247, aumento de 0,4%.
O valor máximo da gasolina aditivada bateu recorde e ultrapassou a barreira dos R$ 9. Com alta de 3,2%, o litro foi de R$ 8,990 para R$ 9,280.
A escalada da inflação, puxada principalmente pelos combustíveis, tem levado o governo federal a buscar solução para a política de preços, principalmente em ano eleitoral. Apesar da desaceleração, o índice oficial de inflação subiu 0,47% em maio. Com isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora apresenta alta de 4,78% neste ano e de 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou na segunda-feira uma lista de medidas para tentar conter a alta dos preços dos combustíveis. Entre as estratégias, o governo federal se compromete a compensar os estados pela perda de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) desde que os governadores zerem as alíquotas do tributo nas operações que envolvem diesel e gás de cozinha.
O presidente informou, ainda, que o governo deve deixar de cobrar três impostos federais sobre a gasolina e o etanol: Cide-combustíveis, PIS/Pasep e Cofins. Atualmente, esses tributos correspondem a R$ 0,69 do preço final da gasolina cobrado nas bombas dos postos de combustíveis.