Gastos em viagens internacionais caem 2,93% em abril, diz Banco Central

Gastos em viagens internacionais caem 2,93% em abril, diz Banco Central

Receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil também reduziram, 5,41%

AE

Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o euro mais caro está levando à redução dos gastos de brasileiros no exterior

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Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior estão menores. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira, essas despesas totalizaram US$ 1,493 bilhão, em abril, com redução de 2,93% em relação ao mesmo mês de 2018. Nos quatro meses do ano, chegaram a US$ 5,809 bilhões, uma queda de 10,22% em relação a igual período do ano passado. As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil também reduziram. Em abril, chegaram a US$ 472 milhões, com redução de 5,41% em relação ao mesmo mês do ano passado. No primeiro quadrimestre, as receitas chegaram a US$ 2,283 bilhões, 6,17% menor do que nos quatro meses de 2018. 

Com esses resultados, a conta de viagens formada pelos gastos dos brasileiros e as receitas dos estrangeiros ficou negativa em US$ 1,021 bilhão em abril e em US$ 3,525 bilhões, nos quatro meses do ano. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o dólar mais caro está levando à redução dos gastos de brasileiros no exterior. "Fica mais caro viajar ao exterior".

As viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) das transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações). Em abril, as transações correntes tiveram déficit de US$ 62 milhões, resultado próximo do registrado em igual mês de 2018: déficit de US$ 61 milhões. De janeiro a abril, o déficit chegou a US$ 8,225 bilhões, contra US$ 9,062 bilhões em igual período do ano passado.

"Embora as transações tenham sido estáveis, houve pequena melhora na balança comercial e redução no déficit na conta de renda primária. Esses dois fatores foram contraposto pelo aumento no déficit na conta de serviços", disse Rocha. A balança comercial registrou superávit de US$ 5,539 bilhões, em abril e acumulou US$ 14,899 bilhões, nos quatro meses do ano. A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em US$ 2,854 bilhões no mês passado e em US$ 14,324 bilhões, em quatro meses.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 272 milhões, em abril, e de US$ 906 milhões, em quatro meses. A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 3,019 bilhões, em abril, e de US$ 9,707 bilhões, no primeiro quadrimestre.


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