Gigante saudita Aramco obtém US$ 12,4 bilhões em acordo sobre oleodutos

Gigante saudita Aramco obtém US$ 12,4 bilhões em acordo sobre oleodutos

Arábia Saudita está se esforçando para atrair investimentos estrangeiros e diversificar sua economia

AFP

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A gigante do petróleo da Arábia Saudita, Aramco, terá 12,4 bilhões de dólares graças a um acordo com um fundo dos Estados Unidos sobre o uso de sua rede de oleodutos. Maior exportador de petróleo do mundo, o país árabe está se esforçando para atrair investimentos estrangeiros e diversificar sua economia.

No fim de sexta-feira, a empresa anunciou a assinatura de um acordo para criar uma empresa conjunta com um consórcio liderado pelo fundo americano EIG Global Energy Partners, que deterá 49% contra 51% para a Aramco. A empresa conjunta, Aramco Oil Pipelines Company, vai arrendar a rede de oleodutos da Aramco durante 25 anos, acrescentou a gigante do petróleo em um comunicado, afirmando que manterá "a plena propriedade e o controle das operações" da rede.

O acordo deve render 12,4 bilhões de dólares para a Aramco, que em troca pagará à empresa conjunta taxas de uso sobre o volume de petróleo que transitar pela rede, sem restrições de quantidade.

A Aramco se tornou nos últimos anos a ponta de lança da diversificação da economia do país, muito dependente dos hidrocarbonetos e onde a renda do petróleo financia parte dos megaprojetos do príncipe herdeiro Mohamed bin Salmán. No contexto da pandemia de Covid-19 que afeta a demanda de petróleo e acentua a queda dos preços, a Arábia Saudita pediu no final de março um esforço adicional às grandes empresas para estimular o setor privado, dentro de um grande plano de investimentos chamado "Shareek" ("sócio" em árabe).

"Novas oportunidades"

O acordo sobre o uso de sua rede de oleodutos "reforça o papel catalisador da Aramco para atrair importantes investimentos estrangeiros ao reino", disse a empresa em seu comunicado, em um momento em que a Arábia Saudita luta por atrair fundos estrangeiros. A Aramco não especificou os nomes das outras empresas que formam o consórcio.

"Estamos aproveitando novas oportunidades estrategicamente, em linha com o programa de investimentos Shareek", disse o conselheiro delegado da Aramco, Amin Naser, no comunicado, elogiando uma "importante transação" que "maximizará os lucros para os acionistas".

Em março, a empresa anunciou uma queda de 44,4% em seu lucro líquido em 2020, até 49 bilhões de dólares (41 bilhões de euros), abaldo pela queda dos preços do petróleo. Esses resultados pesam sobre as finanças sauditas. Apesar da situação, a Aramco pagou 75 bilhões de dólares em dividendos aos seus acionistas, como se comprometeu a fazer no momento de sua saída da bolsa em 2019.

Os pagamentos de dividendos da Aramco ajudam o governo saudita, principal acionista da empresa, a administrar o enorme déficit orçamentário do país.


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