IBGE aponta que 411 mil empresas reduziram empregados na 2ª quinzena de junho

IBGE aponta que 411 mil empresas reduziram empregados na 2ª quinzena de junho

Mais de 61% das companhias diminuíram em até 25% o quadro de pessoal

AE

País registrou a criação de empregos com carteira assinada novamente

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Na segunda quinzena de junho, 411 mil empresas reduziram a quantidade de empregados em relação à primeira quinzena do mês, sendo que 61,8% delas diminuíram em até 25% o quadro de pessoal. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A maioria das empresas em funcionamento, 78,6% delas, o equivalente a 2,2 milhões de companhias, manteve o número de funcionários na segunda quinzena de junho em relação à quinzena anterior. Uma fatia de 14,8% indicaram demissões, e 6,3% aumentaram o número de empregados.

Na segunda quinzena de junho, 46,3% das empresas em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de fabricar produtos ou atender clientes, mas 43,1% relataram dificuldades, enquanto 10% registraram facilidades.

Quanto ao acesso aos fornecedores, 50,9% não perceberam alteração significativa, mas 40,9% tiveram dificuldades.

Mais da metade (52,9%) das empresas em funcionamento reportaram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de junho, enquanto 40,6% consideraram que não houve alteração significativa.

"Se a gente fizer um ranking de impactos, a gente percebe que dois se sobressaem: impacto sobre as vendas, mas tem também o impacto na capacidade de realizar pagamentos de rotina. O impacto nas vendas era esperado, porque é mais flexível pelo lado da demanda. Mas isso começa a contaminar a cadeia de pagamento", observou Alessandro Pinheiro, coordenador de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE. "A gente vê quem está doente, não o quanto está doente", ponderou Pinheiro.

Entre as ações adotadas para atenuar os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos negócios, 86,1% das empresas em funcionamento declararam ter implementado ações de prevenção e manutenção de medidas extras de higiene.

Entre as empresas em funcionamento, 42,5% mantiveram funcionários em trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância), e 28% anteciparam férias dos empregados.

Uma fatia de 33,5% das empresas declarou ter alterado o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 13,5% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços na segunda quinzena de junho.

Entre as companhias em atividade, 43,9% adiaram o pagamento de impostos e 12,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial.

"A gente não está contando se ela tomou a medida pela primeira vez, mas a continuidade de algumas medidas", esclareceu Pinheiro.

Na segunda quinzena de junho, 39,2% das empresas afirmaram que foram apoiadas pela autoridade governamental na adoção de medidas emergenciais contra a pandemia. Essa percepção de apoio dos governos foi mais elevada entre as companhias que adiaram o pagamento de impostos (70,4% delas) e entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial (76,4%).

 


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