Ibovespa desaba 5,5% com temor após saída de Moro da Justiça

Ibovespa desaba 5,5% com temor após saída de Moro da Justiça

Índice de referência do mercado acionário brasileiro despencou aos 75.327,32 pontos nesta sexta-feira 

R7 e AE

Ibovespa despencou 5,45%, aos 75.327,32 pontos nesta sexta-feira

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O Ibovespa fechou novamente no vermelho nesta sexta-feira guiada pelo pedido de demissão do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa despencou 5,45%, aos 75.327,32 pontos. O giro financeiro do dia superou os R$ 37,4 bilhões.

Apesar da baixa, o Ibovespa fechou a sessão longe da mínima de quase 10%, queda que ocasionaria uma paralisação do pregão por 30 minutos, o chamado Circuit Breaker. 

Dólar 

O câmbio teve mais um dia tumultuado, que contou com oito intervenções do Banco Central, entre ofertas de recursos novos e rolagens. A saída de Moro e suas acusações a Jair Bolsonaro levaram o dólar a encostar em R$ 5,75 e o real a ser a moeda, de longe, com o pior desempenho internacional ante o dólar, considerando uma cesta de 34 moedas.

Pela tarde, com nova ação do BC, a valorização da moeda perdeu um pouco de fôlego. Mesmo assim o dólar à vista fechou em novo recorde, a R$ 5,6614, com ganho de 2,40%, a maior alta porcentual desde 18 de março.

Saída de Moro não é vista com bons olhos 

A saída de Moro do governo causada pela demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, não é vista com bons olhos pelos economistas. "Estamos vendo um governo se desfazer em meio à uma situação gravíssima de política internacional", afirmou Fernando Bergallo, da FB Capital.

"A troca do Ministro da Saúde em plena pandemia já pegou muito mal para o investidor estrangeiro. No momento em que o segundo pilar do governo, que emprestou a credibilidade para o Bolsonaro, sai do governo, você está perdendo outra perna desse tripé que não vai se sustentar sozinho", lamenta Bergallo.

"A saída do Sérgio Moro coloca em xeque a continuidade do trabalho de outros ministérios, como o da Economia, e corrobora as dificuldades que o país pode enfrentar na retomada", afirmou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Destaques

• EMBRAER ON desabou 10,7%. O acordo de venda do controle da divisão de aviação comercial da empresa para a Boeing atingiu um obstáculo, criando incertezas sobre o negócio a menos que um avanço seja obtido rapidamente, afirmaram fontes com conhecimento das discussões.

• BANCO DO BRASIL ON despencou 13,4%, em sessão também bastante negativa para o setor bancário. BRADESCO PN caiu 7,8% e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 5,3%.

• MARFRIG ON recuou 0,19%, após ter chegado a subir no começo da sessão. BRF ON caiu 4,92%, após informar que chegou a um acordo para encerrar uma "class action" na Justiça de Nova York. Enquanto isso, JBS ON perdeu 1,2%, após notícia de que funcionários da unidade de aves em Passo Fundo (RS) contraíram Covid-19.

• SUZANO ON avançou 7% e KLABIN subiu 1,7%, na esteira da escalada do dólar, o que beneficia suas receitas com exportações.

• VIA VAREJO desavalorizou-se 13%, anulando a alta acumulada nas duas sessões anteriores. A empresa disse que espera reabrir maioria de lojas ao longo de maio.

• PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 5,9% e 7,3%, respectivamente


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