Macri anuncia mais apoio do FMI e promete que não cairá em moratória

Macri anuncia mais apoio do FMI e promete que não cairá em moratória

Para combater volatilidade do peso, presidente argentino aposta em nova política monetária com o Fundo

AFP

"Estamos equilibrando as contas externas" afirmou Macri

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O presidente argentino, Mauricio Macri, disse nesta segunda-feira que seu país terá apoio adicional do Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a deterioração da economia, e prometeu que a Argentina não voltará à inadimplência, em entrevista à TV Bloomberg em Nova York. "Vamos ter mais apoio do FMI, não posso dizer o quanto, porque estamos negociando", disse Macri, acrescentando que o acordo será anunciado em alguns dias. "Não há nenhuma chance de a Argentina declarar moratória. Zero", disse ele.

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O FMI e o governo de Macri acordaram, em junho, um programa de ajuda de 50 bilhões de dólares em três anos, dos quais 15 bilhões já foram repassados. Mas isso não impediu a corrida cambial, e o peso acumulou uma perda de mais de 50% de seu valor neste ano. "Com essa nova taxa de câmbio, a Argentina tem uma taxa muito competitiva. Estamos equilibrando as contas externas. As exportações estão crescendo a uma velocidade de 18% a 20%", afirmou.

O presidente argentino disse que, para combater a volatilidade do peso, ele discute uma nova política monetária com o FMI, mas que não será um controle cambial como o Plano Cavallo, estabelecido pela lei de conversibilidade, que equiparava o peso ao dólar. "Não é um controle o que vamos fazer, como na conversibilidade. Estamos trabalhando com o Fundo Monetário e vamos apresentar um acordo que trará mais confiança, mais até do que se viu nos últimos dez dias, quando os mercados mudaram e começaram para reagir", disse ele.

"Não quero adiantar o acordo, mas é um acordo que estabelece uma política monetária clara, que mostrará para onde estamos indo, que vamos reduzir drasticamente a inflação e nossas necessidades de apoio financeiro externo", acrescentou. O presidente argentino disse que não tem "um plano B" para a economia e também disse que está pronto para concorrer à reeleição em 2019.

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