Movimento nas lojas de Porto Alegre é intenso nos dias que antecedem a Páscoa

Movimento nas lojas de Porto Alegre é intenso nos dias que antecedem a Páscoa

Além das caixas de bombom e dos ovos de chocolate, muita gente está optando pela compra de roupas, sapatos e perfumes

Cláudio Isaías

Ovos com recheio para comer de colher são os mais procurados no comércio de Porto Alegre

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O movimento é intenso nas lojas de Porto Alegre para a compra de chocolates e presentes para a Páscoa. Os consumidores estão em busca das ofertas e, entre os produtos que foram mais procurados pelo público estão as caixas de bombom, barras e ovos de chocolate. Outro ponto tradicional da cidade, o Mercado Público, recebeu nesta quarta-feira pela manhã um grande número de clientes em busca da sensação deste ano: o "ovo de colher", produzido com a metade de um ovo com recheio. Segundo Adriana Kauer, proprietária da Comercial Martini, 90% dos consumidores estão comprando o produto.

Em uma loja da rua dos Andradas, no Centro da Capital, os funcionários ficaram impressionados com a movimentação no estabelecimento comercial que abriu às 9h com uma série de ofertas. Além das caixas de bombom e dos ovos de Páscoa, muita gente está optando pela compra de roupas, sapatos e perfumes.

Em uma loja de calçados, na rua dos Andradas, a técnica de enfermagem Liliane Siqueira, residente no bairro Glória, que estava acompanhada das filhas Marcela e Camila, disse que as jovens optaram pela compra de perfumes e sapatos. "É claro que elas também vão ganhar também chocolates", ressaltou. A auxiliar administrativa Letícia Nunes, moradora do bairro Cidade Baixa, decidiu comprar caixas de bombom para presentear toda a família.

A Páscoa dos gaúchos em 2019, em matéria de consumo, deve ser semelhante ao ano de 2018, quando roupas infantis e brinquedos concorreram com produtos tradicionais como ovos de chocolate e peixes. A expectativa está embasada em estudo feito pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS).

O levantamento aponta que o consumo de roupas infantis deve crescer cerca de 10% e de brinquedos, 8%. São alternativas encontradas para driblar o elevado preço dos ovos de Páscoa, uma vez que os preços do chocolate e outros ingredientes utilizados na confecção dos ovos estão até 20% mais elevados na comparação com o mesmo período de 2018.

"A variação do dólar fez com que muitos ingredientes subissem de preço, inclusive o quilo do cacau. Com esse cenário, os consumidores buscam outras formas de presentear seus familiares na Páscoa", explicou o presidente da FCDL/RS, Vitor Augusto Koch. "Já está se tornando uma tradição da data os pais negociarem com os filhos menores a substituição dos ovos de chocolate por artigos de vestuário e brinquedos. Outra opção dos consumidores é comprar o chocolate em barra e fazer os ovos de Páscoa de maneira artesanal", explicou.

O ticket médio dos consumidores para as compra de Páscoa, deverá ficar ao redor de R$ 145,00, incluindo os ovos de chocolate, os alimentos típicos da comemoração e outros presentes.

Os supermercados do Rio Grande do Sul deverão comercializar 8,5 milhões de ovos de Páscoa. A pesquisa do Instituto Segmento mostra que os empresários do setor estão otimistas em relação às vendas de produtos para a Páscoa: os supermercadistas esperam vender, neste ano, 5,2% a mais do que no ano passado. E o peso das vendas de produtos de Páscoa no faturamento total dos supermercados é de 7,1% em março e de 10,3% em abril.

Ao todo, 12% dos ovos de chocolate produzidos no Brasil serão comercializados no Rio Grande do Sul, representando um total de 8,5 milhões de ovos, que vão alavancar um faturamento de R$ 84,5 milhões para o setor. O bombom é o presente de última hora, quando serão comercializadas cinco milhões de caixas, agregando ao faturamento mais R$ 24,2 milhões.

Mesmo assim, segundo os supermercadistas, os produtos de Páscoa de maior venda são a caixa de bombom, os ovos de até 150 gramas e a barra de chocolate. Ainda de acordo com a pesquisa, 25% dos supermercadistas ouvidos pretendem contratar funcionários temporários. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima que os supermercados gaúchos e, principalmente, a indústria irão criar cerca de 1,3 mil empregos temporários no Estado, efetivando pelo menos 20% ao final da festividade.

A maioria dos gaúchos irá comprar à vista: praticamente sete em cada 10 entrevistados afirmaram que vão comprar à vista (69%) e, destes, 70,3% irão pagar em dinheiro e 29,7% em cartão de débito. Dos 31% que irão comprar a prazo, o cartão de crédito se destaca para 79%, seguido do cartão do supermercado com 19,4%.

Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a avaliação é de que os consumidores estão evitando o endividamento e que o total gasto, em média, será de R$ 206,00 nas compras de produtos para a Páscoa em supermercados.


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