MP do Trabalho cria Grupo para monitorar situação na Ford

MP do Trabalho cria Grupo para monitorar situação na Ford

Missão será analisar os impactos do fechamento das três fábricas da companhia no país

AE

De acordo com o MPT, já existem três inquéritos civis abertos nas regiões onde a Ford deixará de produzir

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai acompanhar de perto os desdobramentos do encerramento das atividades da Ford no Brasil. Após reunião nesta quinta-feira com representantes da multinacional, o órgão criou um Grupo Especial de Atuação Finalística (Geaf) para monitorar os impactos do fechamento das três fábricas da companhia no País, que podem afetar até 5 mil trabalhadores.

De acordo com o MPT, já existem três inquéritos civis abertos nas regiões onde a Ford deixará de produzir. Na segunda-feira, a montadora anunciou o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

Por meio de nota, o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, afirmou que existe preocupação com os reflexos sociais e com a empregabilidade dos trabalhadores da empresa após o fim das atividades nas três unidades. Ele ressaltou que existe toda uma cadeia produtiva do entorno da empresa que também será atingida.

Pela Ford, participaram da reunião o diretor jurídico da companhia, Luís Cláudio Casanova, o gerente de Relações Governamentais, Eduardo Freitas, e três advogados da empresa. Segundo o MPT, os representantes da Ford repetiram os argumentos que a empresa vem sustentando para justificar sua saída do Brasil (resultados negativos sucessivos, agravados desde o ano passado pela pandemia da Covid-19), e se comprometeram a encaminhar ao Ministério Público do Trabalho todas as informações requisitadas sobre as demissões.

O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, e o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, também participaram da reunião virtual.


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