No FMI, Guedes mira investidores e mostrará Brasil em recuperação

No FMI, Guedes mira investidores e mostrará Brasil em recuperação

Fundo debaterá previsão de queda do PIB mundial para 2022, de 4,1% para 2,8%, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC)

R7

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O impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a economia mundial será o foco da reunião do FMI nesta semana, que levou o ministro da Economia, Paulo Guedes, aos EUA. O representante do Brasil vai participar da reunião anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. As seguranças alimentar e energética são os temas centrais do encontro, que também discutirá a formação de um fundo para apoiar nações sobre as quais o impacto econômico do conflito foi mais duro. A missão do ministro é a costumeira: perante investidores, apresentar o Brasil como território de oportunidades para quem quer crescer na crise.

Às vésperas de completar 50 dias, o conflito no Leste Europeu desenhou um cenário preocupante para a economia mundial, com impacto direto sobre as regiões mais pobres do planeta. De acordo com a Organização Mundial do Comércio, a guerra contra a Ucrânia, movida pela Rússia, é o principal fator a baixar as previsões do PIB global de 4,1% para 2,8% para 2022. O recuo da atividade econômica, com a redução na produção de grãos e outras commodities, pressiona preços de forma inédita e tende a agravar a condição de abastecimento de regiões mais pobres, como a África, que importa um terço de seus alimentos da Rússia e da Ucrânia.

A discussão ocorre sob cenário ainda sem previsão para o desfecho da guerra que envolve a maior potência mundial, o que projeta dias sombrios também para a Rússia, que terá de se manter de pé num ambiente de longo prazo para as sanções decretadas pelo lado ocidental. O prejuízo comercial se espraia para as diversas nações que interagem no comércio internacional e já afetou um quarto das trocas envolvendo o trigo e um quinto do mercado do milho, além de impactar drasticamente o setor energético e a exportação de minérios.

Os reflexos políticos da guerra foram sentidos com particular intensidade em países onde há vulnerabilidades relacionadas à condição econômica de amplas camadas sociais, com risco de convulsões e tumultos. A lista é extensa e inclui nações da América Latina, como o Peru, onde foi decretado estado de emergência para conter protestos. Nesses casos, o preço dos combustíveis teve papel importante.

No Brasil, a questão levou a medidas de emergência para conter uma paralisação de caminhoneiros e motivou a queda do presidente da Petrobrás, além de causar a constante troca de acusações entre o presidente e governadores. O problema permanece sem solução e fomenta o debate sobre a privatização da Petrobras. 


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