Oi anuncia plano estratégico para deixar processo de recuperação judicial

Oi anuncia plano estratégico para deixar processo de recuperação judicial

Quarta maior operadora do país pode ter dificuldades para expandir atuação em banda larga e telefonia móvel

Estadão Conteúdo

Concorrentes tem vantagens nas tecnologias 4g e 5g

publicidade

A Oi anunciou nesta terça-feira seu novo plano estratégico, considerado um passo importante para saída da operadora do processo de recuperação judicial. A operadora, que entrou com pedido de proteção na Justiça contra credores em junho de 2016, com dívidas declaradas de R$ 65 bilhões, poderá sair desse processo a partir de fevereiro, mas ainda deverá continuar mais fraca que seus concorrentes, apurou o jornal O Estado de S Paulo.

Quarta maior operadora do País, a Oi prevê expandir sua atuação em banda larga e telefonia móvel, mas precisa fazer investimentos bilionários para competir de igual para igual com suas rivais Oi, Claro e TIM. Na prática, ainda não tem dinheiro o suficiente para isso e conta com a venda de ativos não estratégicos - que já levou a mercado - para bancar seu crescimento.

Diante das dificuldades financeiras que enfrentou nos últimos anos, a companhia não investiu o suficiente em redes 4G e 5G e não deverá participar do leilão marcado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de novas frequências, previsto para o início de 2020, segundo fonte a par do assunto. Em teleconferência a analistas, a operadora informou que espera arrecadar entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos não estratégicos, que corresponde a cerca de 70% do seu valor atual de mercado. A operadora também prevê ainda mais esforços para reduzir seus custos.

Líder em telefonia fixa no País, segmento que não é mais lucrativo, a empresa ainda conta com outros recursos extras. Nas contas da Oi estão previstas, incluindo os R$ 7,5 bilhões em vendas, a entrada de recursos extras em seu caixa de R$ 12,5 bilhões a R$ 14,5 bilhões. Esse valor inclui aumento de capital de R$ 4 bilhões aprovado no primeiro trimestre e a obtenção de créditos de PIS/Cofins de até R$ 3,1 bilhões, dos quais R$ 650 milhões este ano.

A empresa afirmou ainda que o novo plano estratégico está voltado à melhoria da desempenho operacional e financeiro, com crescimento de receita e geração de caixa. De acordo com o plano, a companhia estima redução de custos de R$ 1 bilhão a ser alcançada até 2021.

Bolsa

Para colocar em marcha sua estratégia de expansão, porém, a Oi precisa vender parte de seus negócios, o que não deverá ocorrer no curto prazo. As ações ordinárias da Oi fecharam em queda de 3,09% e, as preferenciais, com recuo de 0,56%, embora tenham iniciado o pregão em alta.

A fusão da Oi com outra operadora no País também é apontada como uma saída para a tele. Mesmo antes de entrar em recuperação judicial, havia a expectativa de que a Oi se unisse à TIM, controlada pela Telecom Itália. Várias conversas foram costuradas, mas devido à crise da Oi, principalmente, o negócio não avançou. Nos últimos meses, os controladores da Telecom Itália avaliaram colocar a TIM Brasil à venda para reduzir o endividamento.

A possibilidade de unir os dois negócios ainda existe, mas não deverá ocorrer tão cedo, segundo fontes. Primeiro, a Oi precisa sair da recuperação judicial. O próximo passo seria encontrar um investidor financeiro que possa fazer um aporte para a compra da TIM e promover a união com a Oi.

Em 2013, a Oi se fundiu com a Portugal Telecom. O negócio à época foi feito para fortalecer a companhia, mas desandou. Após a privatização, a companhia tinha como sócios a família Jereissati, o grupo Andrade Gutierrez e o BNDES.


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895