Opep deve concordar com corte na produção de petróleo

Opep deve concordar com corte na produção de petróleo

Arábia Saudita confirmou que cortaria seu próprio fornecimento no mês que vem

AE

Ministro saudita disse que o país está pronto para cortar a produção de petróleo

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) provavelmente concordará com um corte de produção quando se reunir no próximo mês em Viena, disse o ministro do Petróleo de Omã neste domingo, depois que a Arábia Saudita confirmou que cortaria seu próprio fornecimento de petróleo no mês que vem e a Rússia sinalizou que poderia fazer o mesmo. "Há consenso de que haverá um excesso de oferta em 2019", disse o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed bin Hamad al-Rumhy, ao The Wall Street Journal após a reunião do Comitê de Monitoramento Conjunto Ministerial em Abu Dabi. Embora Omã não seja membro da Opep, o país participa das decisões sobre produção.

A conclusão da reunião é de que os países participantes chegaram a 104% do nível de conformidade em outubro. A notícia vem depois de Khalid al-Falih, ministro do petróleo da Arábia Saudita, disse que o país está pronto para cortar a produção, enquanto a Rússia deixou aberta essa possibilidade. A Arábia Saudita, a Rússia - que são os maiores exportadores de petróleo do mundo - e alguns outros produtores se reuniram em Abu Dabi para examinar se seriam necessárias reduções de 1 milhão de barris por dia na produção do próximo ano.

Falando antes da reunião, al-Falih disse que o corte na produção saudita era iminente. "As estimativas para dezembro são de 500 mil barris por dia a menos em relação a novembro. Haverá uma redução gradual", disse ele. Esperava-se que a Rússia, maior aliado da Opep fora do grupo, se opusesse a qualquer nova redução, porque suas empresas de petróleo estatais investiram pesadamente em um aumento da produção. Mas o ministro do Petróleo do país, Alexander Novak, não descartou um corte no próximo mês.

Falando antes do encontro, Novak disse que estava "em teoria" aberto a cortes na produção de petróleo bruto, se a coalizão chegar a um consenso e aderir a qualquer decisão que tomar. Mas Falih disse que é cedo demais para dizer o que seria decidido na reunião marcada para dezembro em Viena. "Não vamos nos impedir de fazer um corte, mas apenas se for necessário", disse ele, acrescentando que o grupo precisa ter certeza de que "o excesso de oferta continuará em 2019". O ministro russo disse que a Opep estuda um cenário em que esse excesso de oferta pode chegar a 1,2 milhão de barris por dia.

Em queda pelo décimo dia consecutivo, o petróleo voltou a fechar com os preços pressionados na última sexta-feira (09), com o WTI no maior período de perdas desde 1984 e no menor nível em nove meses e o Brent mais barato em sete meses. O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,79%, a US$ 60,19 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro recuou 0,66%, a 70,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os contratos acumularam perda respectiva de 4,67% e 3,63%.

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