Opep mantém previsão de oferta de petróleo no Brasil em 2020

Opep mantém previsão de oferta de petróleo no Brasil em 2020

Produção de petróleo no Brasil tem média de 3,78 milhões de barris por dia

AE

Brasil mantém previsão de oferta de petróleo em 2020

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a expectativa de que a produção de petróleo no Brasil seja em média de 3,78 milhões de barris por dia (bpd) neste ano. Para 2021, a projeção de 3,92 milhões de bpd, principalmente com impulso do petróleo bruto nas áreas do pré-sal, também permaneceu inalterada.

Com sede em Viena, na Áustria, a Opep destaca, em relatório mensal, que a produção de óleo bruto no Brasil cresceu para uma média de 3,09 milhões de bpd, uma vez que o fornecimento no campo petrolífero de Lula, no horizonte do pré-sal, se recuperou.

A produção brasileira de líquidos também, segundo a entidade, avançou para uma média de 3,85 milhões de bpd. "O crescimento mensal em Atapu e Búzios foi compensado pelo fechamento do campo Peregrino, da Equinor, no horizonte do pós-sal", acrescenta a Opep.

Países fora da OCDE

A Opep revisou para cima sua projeção para a oferta da commodity em países fora da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) neste ano em torno de 310 mil barris por dia (bpd), conforme o relatório mensal. A entidade espera que tal fornecimento se reduza em cerca de 2,4 milhões de bpd, para 62,8 milhões de bpd (ante 62,5 milhões de bpd anteriormente).

De acordo com a Opep, a revisão na projeção da oferta de petróleo em países de fora do grupo se deu por conta de melhora nas estimativas para a produção dos Estados Unidos, Rússia, China e México. Por outro lado, tais ajustes foram parcialmente compensados por revisões para baixo no Canadá, Brasil e Tailândia.

No segundo trimestre, a oferta de petróleo se reduziu em 5,7 milhões de barris por dia na comparação com os três meses anteriores, na esteira da pandemia do novo coronavírus, enquanto a demanda global encolheu em 10,1 milhões de bpd.

"Embora se preveja uma recuperação mais lenta da produção de petróleo bruto dos EUA como principal fator para o fornecimento dos países fora do grupo, a produção de líquidos de gás natural (LGNs) tem sido maior do que o esperado", observa a entidade.

Nos Estados Unidos, o número de plataformas de petróleo em operação aumentou em 4, para 193 na semana encerrada em 9 de outubro. Esta é, conforme a Opep, a terceira semana seguida de elevações. Por outro lado, pondera, os furacões tiveram um impacto na produção no Golfo do México.

A Opep espera que o fornecimento de líquidos fora do grupo se recupere gradualmente em 7 mil barris por dia e 8 mil barris por dia no terceiro e quarto trimestres, respectivamente. "A oferta de petróleo em 2020 deve diminuir principalmente na Rússia, EUA, Canadá, Casaquistão, Colômbia, Malásia e Azerbaijão, e deve crescer na Noruega, Brasil, China, Guiana e Austrália", destaca a Opep.

Pressão negativa

Para 2021, a Organização ajustou para baixo sua previsão para a produção de líquidos em países fora da OCDE em 110 mil de bpd, principalmente nos EUA, para crescer 9 mil de bpd, para uma média de 63,68 milhões de bpd. "A pressão negativa permanece devido ao aumento das infecções por Covid-19 em todo o mundo, especialmente na Europa", justifica a entidade.

Segundo a Opep, os principais impulsionadores do crescimento da oferta são os Estados Unidos, com alta em 300 mil de bpd, Canadá, com aumento de 200 mil de bdp, além de Brasil e Noruega, onde a maior parte desse crescimento representa uma recuperação da produção a partir de 2020, em vez de novos projetos.


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