Para Levy, implantar moeda única exige convergência

Para Levy, implantar moeda única exige convergência

Presidente do BNDES citou euro como exemplo de integração que deu certo

Agência Brasil

Levy comentou sobre a proposta de moeda única no continente

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse nesta sexta-feira, que a decisão de implementar o projeto de uma moeda única compartilhada por Brasil e Argentina é política e exige convergência de políticas econômicas e fiscais.

"Sem dúvida nenhuma é um tema interessante, complexo, e que, no caso da Europa (o euro), criou um grande impulso de integração", disse, acrescentando ainda não ter estudado o assunto. Levy, no entanto, fez uma ponderação em relação a Brasil e Argentina. "Temos que ver se as condições são similares. Aí, é uma decisão política."

Joaquim Levy participou de um almoço com o ministro da economia, Paulo Guedes, e conselheiros do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ao deixar o local, o presidente do BNDES afirmou a jornalistas que a visão de Guedes é de que uma moeda única exigiria convergência de políticas e de políticas fiscais.

Propostas

Segundo Levy, no almoço foram discutidas propostas econômicas para problemas fiscais e para a liberalização da economia. Ele disse que o banco está à disposição para ajudar os estados a encontrar um melhor uso para ativos como companhias de saneamento, de energia elétrica e gás, incluindo privatizações. "Para melhorar os serviços, tem que investir. Se o governo não tem dinheiro para investir, não adianta ficar parado no governo só pagando folha de salário."

O presidente do BNDES também disse que não vê risco de o Fundo Amazônia acabar. Mudanças na gestão do fundo vem sendo objeto de discussão no governo e de protestos de ambientalistas. Levy contou que embaixadores de Alemanha e Noruega, principais doadores do fundo, trocaram impressões e ideias com representantes do governo.

"Não vejo esse risco (de o fundo acabar)", avaliou Levy, que disse que qualquer mudança será conversada com os doadores do fundo: "Tem que ser feito de uma maneira coordenada e conversada. Acho que é o espírito do que está sendo feito".


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