Pequenas indústrias têm desempenho recorde no 1º trimestre de 2022

O primeiro trimestre de 2022 foi favorável para as micros e pequenas indústrias, segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgados nesta segunda-feira.

O Panorama da Pequena Empresa avalia quatro índices: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança, que variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior o número, melhor o desempenho.

"Chama a atenção que a preocupação com a falta e o alto custo das matérias-primas aumentou na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022, diferentemente do que aconteceu com as empresas de maior porte. O desempenho da pequena indústria no trimestre foi positivo, mas esse problema segue travando o que poderia ser um melhor resultado. A piora da situação financeira é outro reflexo desse problema de insumos", explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Índice de desempenho

Com o melhor resultado para o primeiro trimestre desde 2012, foi o índice que apresentou maior alta, de 45,5, contra 43,9 no mesmo período do ano passado.

A média é realizada entre os meses de janeiro e março e subiu de forma gradual. Em março, atingiu seu ápice, de 48 pontos. O resultado é considerado positivo.

Índice de situação financeira

Apesar de acima da média histórica (37,2), a condição financeira das PME´s (pequenas e micro indústiras) piorou no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021.

A CNI registrou 41 pontos para o índice, um a menos do que no primeiro trimestre de 2021.

Índice de confiança

O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) para as pequenas empresas aumentou 5,1 pontos e foi de 51,3 para 56,4 em abril de 2022.

O índice está acima da barreira dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança no setor. Acima da média histórica (52,7), o resultado é considerado positivo.

Índice de perspectiva

O índice aumentou em 3 pontos com relação ao primeiro trimestre de 2021, e fechou em 51,3, também acima da média histórica (46,5).

O empresário industrial, portanto, segue com perspectivas favoráveis para o setor.

Principais problemas

A principal preocupação apontada pelos empresários do setor de construção, transformação e extrativa foi a falta ou alto custo de matéria-prima, seguida pela alta carga tributária.

O Panorama das Pequenas Indústrias

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações.

A pesquisa, divulgada trimestralmente, ouve mais de 900 empresários.