Petrobras recebe propostas para a venda da Refap

Petrobras recebe propostas para a venda da Refap

Dois grupos disputam a compra da refinaria

Christian Bueller

Petroleiros temem que nova onda de demissões ocorra com a venda da Refap em Canoas

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Terminou nesta quinta-feira o prazo para a Petrobras receber as propostas das empresas interessadas na compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. A unidade gaúcha está entre as oito presentes no projeto de desinvestimentos da estatal, que não divulgou detalhes da negociação. As expectativas do mercado são de que a Refap mais a paranaense Presidente Getúlio Vargas (Repar), rendam à Petrobras cerca de US$ 5 bilhões.

Somente a privatização Refap representaria US$ 2 bilhões. No final de novembro, venceu o prazo para que as empresas que participam da disputa assinassem o acordo de confidencialidade para avançar o negócio. As empresas Raízen, que pertence ao grupo Cosan (dono da rede de postos Shell), e a Ultra (que detém a rede de postos Ipiranga), eram as candidatas esperadas por darem seu lances pela Refap. Especula-se que a Raízen fique com a Repar e que a Ultra, que já tem operações no RS, adquira a Refap. Procuradas, as empresas não se pronunciaram.

Sindicato critica negociação

Empresas ou consórcios que queiram ficar com as instalações precisam ter receita anual de, no mínimo, US$ 3 bilhões. Segundo o Sindicato do Petroleiros do RS (Sindipetro RS), a venda significa prejuízos ao meio ambiente e dificuldades aos trabalhadores do setor. Para o presidente do entidade, Fernando Maia, “como ocorreu com a BR Distribuidora e o Polo Petroquímico, deverá haver demissão em massa e corte de benefícios. Já ouvimos relatos de petroleiros que foram chamados a reduzir seus salários”. Outra consequência é a perda do ICMS do Estado. Só Canoas, cidade sede da Refap, teria uma perda de R$ 150 milhões em arrecadação de impostos.

A Petrobras já havia anunciado ter recebido propostas vinculantes para quatro refinarias: Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. O recebimento de propostas para as refinarias Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2021, período em que a venda da Refap deverá ser assinada.

Por nota, a estatal informou que somente divulgará ao mercado “as seguintes etapas do processo: teaser, início da fase não vinculante, início da fase vinculante, celebração de acordo de exclusividade (quando aplicável), signing e closing”. 


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