Possível reversão econômica por agravamento da pandemia seria menos profunda, diz Banco Central

Possível reversão econômica por agravamento da pandemia seria menos profunda, diz Banco Central

Avaliação do órgão foi externada por meio da ata do Copom

AE

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Após elevar a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual - para 2,75% ao ano - na semana passada, o Banco Central avaliou por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que uma eventual "reversão econômica" causada pelo recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil deve levar a uma queda da atividade "bem menos profunda" que a observada em 2020. 

Da mesma forma, o BC considera que essa possível retração econômica deve ser seguida por outra recuperação rápida. No ano passado, a atividade econômica brasileira foi duramente afetada pela pandemia, sobretudo entre os meses de março e maio, seguida por uma forte retomada no segundo semestre - que ainda assim culminou com uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. 

A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, destaca ainda que, apesar da redução parcial dos programas governamentais de recomposição de renda - como o auxílio emergencial, que caiu para metade em setembro e foi encerrado em dezembro -, a retomada econômica surpreendeu positivamente. 

"Contudo, os últimos dados disponíveis ainda não contemplam os possíveis efeitos do recente e agudo aumento no número de casos de Covid-19, e que assim há bastante incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia no primeiro e segundo trimestres deste ano", ponderou o colegiado. 

Mais uma vez, o BC apostou em uma retomada robusta da atividade no segundo semestre de 2021, na medida em que a vacinação em massa avance no País.


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