Prévia da inflação perde ritmo, mas é a maior para maio desde 2016, diz IBGE

Prévia da inflação perde ritmo, mas é a maior para maio desde 2016, diz IBGE

Puxado pelo aumento da energia elétrica, IPCA-15 acumula alta de 3,27% no ano e, nos últimos 12 meses, variação de 7,27%

R7

Energia elétrica contribuiu para diminuição da inflação no grupo Habitação

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A prévia da inflação oficial desacelerou e subiu 0,44% em maio, abaixo da taxa de abril (0,60%), divulgou nesta terça-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da perda de ritmo, esse é o maior resultado para um mês de maio desde 2016, quando o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi de 0,86%. O resultado foi puxado, principalmente, pelo aumento no preço da energia elétrica. 

Com o resultado, o indicador acumula 3,27% de subida e, nos últimos 12 meses, variação de 7,27%, acima dos 6,17% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa foi de -0,59%. 

A cidade de Porto Alegre apresentou variação de 0,32% em maio, conforme o IBGE. O levantamento do instituto indicou ainda que o IPCA-15 da Capital teve variação acumulada no ano de 3,51%, enquanto a acumulada nos 12 meses foi de 7,56%. 

Acima do teto 

Se confirmado, o índice nacional vai figurar, pelo terceiro mês consecutivo, acima do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o índice oficial de preços, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais (5,25%) ou para menos (2,25%).

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados ganharam ritmo em maio. O maior impacto (0,16 p.p.) veio de Saúde e cuidados pessoais (1,23%), que acelerou em relação a abril (0,44%). Houve aumentos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores, dermatológicos, anti-infecciosos e antibióticos e hormonais.

Mas foi a alta na energia elétrica (2,31%), no grupo habitação (0,79%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice (0,10 p.p.). 

Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. A mudança ocorreu depois de quatro meses seguidos da bandeira amarela em vigor, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Além disso, houve reajustes nas contas de luz de Fortaleza (8,27%), Salvador (5,83%) e Recife (5,40%). 

Outro destaque no grupo habitação foi o gás de botijão (1,45%), que subiu pelo 12º mês consecutivo, embora menor que no mês de abril (2,49%). Já a maior variação ficou com o grupo Vestuário (1,42%) e a menor, com os Transportes (-0,23%), único a recuar em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,03% de Comunicação e o 0,89% dos Artigos de Residência.

Alimentação

O grupo alimentação e bebidas (0,48%) acelerou novamente com a subida de precos na alimentação no domicílio, que passou de 0,19% em abril para 0,50% em maio. Entre os destaques, as carnes (1,77%) - que acumulam aumento de 35,68% nos últimos 12 meses - e o tomate (7,24%), que havia caído 3,48% em abril. No lado das quedas, o maior impacto negativo (-0,06 p.p.) veio das frutas, cujos preços recuaram 6,45%. 

Na alimentação fora do domicílio (0,43%), tanto o lanche (0,72%) quanto a refeição (0,16%) desaceleraram ante abril, quando haviam subido 1,34% e 0,57%, respectivamente.

Único grupo com deflação em maio, transportes (-0,23%) foi influenciado pela queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas, em todas as áreas pesquisadas pelo IBGE, com variações que foram de -10,90% em Belém a -37,10% em Brasília. Além das passagens, houve recuos nos preços dos transportes por aplicativo (-9,11%) e do seguro voluntário de veículo (-3,18%).

Sobre o IPCA-15

Conforme o IBGE, os preços foram pesquisados entre 14 de abril a 13 de maio de 2021 e comparados com os vigentes de 16 de março a 13 de abril. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (inflação oficial), sendo que a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.


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