Preços dos combustíveis devem se estabilizar, avalia Bolsonaro

Preços dos combustíveis devem se estabilizar, avalia Bolsonaro

Presidente afirmou que entregar terroristas que atuam no Brasil é a maneira de colaborar para o combate ao terrorismo

AE

Bolsonaro acredita que preços dos combustíveis irão se estabilizar

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que os preços do combustíveis devem se estabilizar após alta causada por tensões sobre ataque dos Estados Unidos no Iraque que matou o general iraniano Qassem Soleimani. "Reconheço que o preço está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos EUA e Iraque, (...) o impacto não foi grande. Foi 5%, passou para 3,5%; não sei quanto está hoje a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a tendência é estabilizar", disse o presidente em frente ao Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro afirmou que avalia participar de reunião na tarde desta segunda sobre a alta do combustível. "Está previsto hoje, por volta de 16h (a reunião). Se eu tiver oportunidade, vou ver com Bento (ministro de Minas e Energia), se é o caso de eu comparecer, dada a gravidade do assunto", afirmou. 

O chefe de Estado brasileiro afirmou que tem orientado a sua equipe de governo a mostrar as razões do alto preço de combustível. Ele citou que há impacto por impostos federais, ICMS, monopólio da distribuição, além de margem de lucro. "Porque cai tudo no meu colo. Parece que sou responsável por tudo", disse. O presidente voltou a afirmar que não tabelará preços de combustível. "Políticas semelhantes no passado não deram certo", repetiu.

Terrorismo 

Bolsonaro disse que o Brasil vai "entregar" terroristas que estiverem no País. Segundo ele, essa é a forma de colaborar com o combate ao terrorismo. Em nota, após o ataque dos EUA que matou um general iraniano, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que o Brasil está "pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento". Questionado se o Brasil também poderia enviar tropas para eventual combate, o presidente respondeu: "Não, que tropas? Não vou discutir esse assunto contigo. Se tiver terrorista no Brasil, vai ser entregue. Não interessa a nacionalidade". 

O presidente também afirmou que houve uma reunião em São Paulo, no domingo, de apoiadores do Irã no conflito contra os EUA. Bolsonaro não deu detalhes da suposta reunião. "Não vou falar nada. Tenho informações mas não vou falar. Está em análise. As informações têm de ser processadas, ou melhor, os informes", disse. 

Bolsonaro afirmou ainda que o Brasil já tem colaborado com a extradição de terroristas. Ele citou o caso de Cesare Battisti. O presidente comentou também que supostos terroristas, infiltrados entre médicos cubanos que participaram o programa Mais Médicos, deixaram o país. "Assim como os cubanos, médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia entregar os caras. Um montão de terrorista no meio deles. Fazendo aparelhos aqui no lugares mais pobres do Brasil. Essa 'esquerdalha' começa nos lugares mais pobres. São pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política", disse o presidente.


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