Queda da produção industrial em fevereiro foi puxada por 10 regiões, diz IBGE

Queda da produção industrial em fevereiro foi puxada por 10 regiões, diz IBGE

Influência mais negativa partiu de São Paulo, devido às reduções na produção da indústria alimentícia e na de derivados de petróleo

R7

Produção e emprego na indústria mantêm queda em outubro

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A interrupção da sequência de nove altas seguidas da produção industrial no Brasil em fevereiro foi guiada pelo recuo da atividade em dez dos 15 locais pesquisados para a elaboração da PIM (Pesquisa Industrial Mensal). Os dados regionais, divulgados nesta quinta-feira (8), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que a influência mais negativa partiu de São Paulo (-1,3%), em razão de reduções na produção da indústria alimentícia e na de derivados de petróleo.

Entre as quedas mais acentuadas, aparecem Pará (-7,4%), Ceará (-7,7%) e Bahia (-5,8%). Completam os resultados negativos na passagem de janeiro para fevereiro a região Nordeste (-2,6), Paraná (-2,5%), Pernambuco (-1,1%), Santa Catarina (-1,5%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e Amazonas (-0,9%).

No lado positivo, a principal influência foi o Rio de Janeiro, com 1,9% de crescimento – a quarta taxa positiva consecutiva para a indústria fluminense. “Nesses quatro meses de alta, o ganho acumulado foi de 5,4%”, indica Bernardo Almeida, gerente responsável pela pesquisa. O crescimento no mês foi influenciado pelo setor de metalurgia e de veículos automotores.

Mato Grosso apresentou a segunda maior influência positiva sobre o resultado nacional, bem como o maior resultado em termos absolutos (7,3%). O setor de alimentos explica os bons números mato-grossenses. Também apresentaram resultados positivos em fevereiro o Espírito Santo (+4,6%), Goiás (+2%) e Minas Gerais (+0,5%).

Comparação anual

Em relação a fevereiro de 2020, a indústria nacional cresceu 0,4%, com altas em cinco dos 15 locais pesquisados. Nessa comparação, São Paulo se destacou como influência positiva, com crescimento de 4,4%.

“Vale salientar que das 18 atividades pesquisadas na indústria paulista, 12 cresceram na comparação de fevereiro de 2021 com o mesmo mês do ano passado”, aponta o gerente da pesquisa. Nessa mesma comparação, a segunda maior influência veio do Rio Grande do Sul (+7,9%).

Por outro lado, a principal queda foi registrada na Bahia (-20,9%). “A queda da produção de veículos e autopeças explica em grande parte esse resultado, justificado pela saída de uma montadora de automóveis da Bahia”, observa Almeida. A segunda influência negativa partiu novamente a indústria do Pará (-11,4%), impactada pela queda na produção de minérios de ferro.


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