Quedas no sistema e filas marcam primeiro dia de atendimento presencial do Sine

Quedas no sistema e filas marcam primeiro dia de atendimento presencial do Sine

Unidades estavam fechadas desde março como medida de prevenção ao novo coronavírus

Gabriel Guedes

Problemas no dia da reabertura do Sine gerou reclamações e longas filas na agência do Centro Histórico

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As agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no Rio Grande do Sul voltaram a atender de forma presencial nesta segunda-feira. Uma facilidade para quem não estava conseguindo encaminhar o seguro-desemprego pela Internet. Entretanto, o retorno do funcionamento das unidades ainda não foi o ideal. Congestionamento do sistema que encaminha as solicitações do benefício, bem como do agendamento para atendimento presencial, prejudicaram o trabalhador desempregado, que ainda teve que encarar uma espera de pelo menos 3 horas.

As unidades estavam fechadas desde março como medida de prevenção ao novo coronavírus. A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) também voltou a funcionar presencialmente na sede, no Vida Centro Humanístico e no Programa Gaúcho do Artesanato, das 9h às 15 h.

No Centro de Porto Alegre, na agência do Sine da Rua José Montaury, por volta das 9h30min, dezenas de trabalhadores ainda aguardavam por atendimento. “Tentei fazer pela Internet, mas sem sucesso. Vim tentar hoje, pessoalmente”, conta o consultor de vendas desempregado, Rogério Recova, 45 anos, demitido de uma empresa de ferramentas há poucos dias.

“Eu cheguei aqui 6h30min para o atendimento agendado para às 9h. Mas o sistema caiu e não tem previsão de voltar”, se queixa o servente de obra José Wiliam Sampaio, 36, desempregado desde este mês de abril, que veio do Lami apenas para resolver esta questão.

Para contornar a situação, servidores chegaram a distribuir senhas para assegurar o atendimento nas horas seguintes. De acordo com a secretária de Trabalho e Assistência Social, Regina Becker, os problemas relacionados ao sistema de informática, são de responsabilidade do governo federa

“Houve um entendimento que era necessário fazer uma retomada em um esforço coletivo, considerando que 13% não estão conseguindo fazer encaminhamento pelo meio eletrônico. É necessário que a gente ofereça um atendimento pessoalizado num momento como esse, principalmente, a pessoas que necessitam desta atenção”, acrescenta Regina. Segundo ela, o volume de desligamentos e solicitações de seguro-desemprego são expressivos. “Desde a segunda quinzena de março, já foram registrados cerca 5, 3 mil demissões e 54.785 solicitações do benefício até o dia 26 de abril”, contabiliza.

Ao todo, 126 agências retomaram os atendimentos presenciais. As agências de Osório e Novo Hamburgo, que tinham previsão inicial de seguirem fechadas, por funcionarem junto à Superintendência Regional do Trabalho, estavam abertas. Somente a de Gravataí, além das unidades Azenha, na capital, e TudoFácil (no Centro e na Zona Sul de Porto Alegre), vão permanecer fechadas. Os atendimentos por meio dos canais virtuais nestas localidades seguem normalmente.

Em Porto Alegre, serão realizados, exclusivamente, nas Agências FGTAS/Sine Centro (Rua José Montaury, 31) e Zona Norte (Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 2.132). Todas as agências coordenadas pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) vão atender, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

Longas filas se formaram na quadra onde fica a Agência do Sine - Foto: Guilherme Almeida

“Eles podem ir a outra cidade. A legislação permite. Mas a preferência do atendimento é do residente naquele município”, sugere Regina.

Os funcionários das agências abertas na manhã de ontem estavam todos utilizando seus equipamentos de proteção, seguindo com o cumprimento das normativas do Ministério da Saúde e do decreto do governo do Estado. Também segue permitido somente a entrada e permanência de público equivalente ao número de atendentes da FGTAS/Sine disponível no ambiente. É obrigatório, ainda, o uso de máscara e distância de, no mínimo, dois metros entre os trabalhadores que aguardam atendimento nas filas que se formarem eventualmente. O diretor-presidente da FGTAS, Rogério Grade, orienta que, quem puder, agende o atendimento para evitar aglomerações.


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