Reino Unido recebe 1º porto do mundo para drones e, no futuro, táxis voadores

Reino Unido recebe 1º porto do mundo para drones e, no futuro, táxis voadores

Instalação fica situada em uma antiga fábrica de automóveis em Coventry, no centro da Inglaterra

AFP

Porto urbano foi inaugurada na Inglaterra nesta segunda-feira

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Um porto urbano para drones de entrega - e para táxis voadores no futuro - foi inaugurado, nesta segunda-feira (25), no Reino Unido, fazendo uma caixa de espumante subir pelos ares em um breve voo de teste.

O Air-One, um "porto vertical" para drones e futuros veículos elétricos que decolem e aterrissem verticalmente, foi reivindicado como o primeiro de seu tipo por seus promotores, que anunciam uma nova era de transporte aéreo futurístico com baixa emissão de carbono.

A instalação, situada em uma antiga fábrica de automóveis em Coventry, no centro da Inglaterra, servirá durante um mês como uma vitrine para esta indústria florescente.

O voo inaugural levantou, simbolicamente, uma caixa com seis garrafas de espumante, de cerca de 12 kg, da plataforma de lançamento.

O drone comercial utilizado - um T150 da Malloy Aeronautics emprestado pelo exército britânico - é o maior a voar em um ambiente urbano deste tipo, segundo Ricky Sandhu, fundador e presidente-executivo da Urban-Air Port, a empresa britânica responsável pelo projeto.

"Vocês estão no primeiro porto vertical do mundo plenamente operacional", disse Sandhu aos convidados no recinto. "Trata-se de um setor incipiente, certamente, mas que agora começar a ganhar velocidade de verdade", acrescentou.

Ecossistema

A Urban-Air Port desenvolve infraestrutura terrestre para drones de entregas autônomos e táxis aéreos cujo desenvolvimento está previsto para o fim desta década, e passou o último ano preparando sua apresentação em Coventry.

A instalação temporária do Air-One, perto da estação ferroviária da cidade, pretende mostrar como pode funcionar um centro integrado para esses aparelhos em um entorno urbano saturado.

A empresa prevê realizar demonstrações similares em outros lugares do Reino Unido e do resto do planeta nos próximos meses, e seu objetivo é dispor de mais de 200 lugares deste tipo em todo o mundo.

Os "portos verticais" foram desenhados para ser montados e desmontados com facilidade e utilizam células de combustível de hidrogênio para "gerar zero emissões" de CO2.

A empresa afirma ter pedidos estimados em 65 milhões de libras (83 milhões de dólares), com projetos previstos em Estados Unidos, Austrália, França, Alemanha, Escandinávia e sudeste asiático.

Um dos sócios do projeto é a Supernal, filial americana da companhia automobilística sul-coreana Hyundai que está desenvolvendo um conceito de veículo elétrico voador autônomo para transportar passageiros.

"Estamos focados em construir o ecossistema que permita que esta nova tecnologia prospere", contou à AFP o diretor comercial da Supernal, Michael Whitaker. "Sem portos verticais, sem lugares onde aterrissar, não haverá negócio."

A Supernal quer que seu veículo conceitual totalmente elétrico de oito rotores, que está em exposição na Air-One, esteja certificado para 2024 antes de iniciar sua produção em série.

"Veremos algumas operações nesta década, mas acredito que a década de 2030 será realmente a da mobilidade aérea avançada e, a partir daí, começará a se propagar por todas as partes", opina Whitaker.


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