Rio Grande do Sul perde participação no PIB nacional

Rio Grande do Sul perde participação no PIB nacional

Sudeste continua concentrando mais da metade da riqueza do País

Correio do Povo

Dependência relacionada à agropecuária provocou perdas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso

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O IBGE divulgou nesta quinta-feira o estudo Contas Regionais 2017, mostrando a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no País e a participação de cada estado para a composição de todas as riquezas. Após dois anos consecutivos de queda, o PIB cresceu 1,3% em 2017 na comparação com 2016. A contribuição gaúcha diminuiu 0,1 ponto percentual no período.

O levantamento também mostra a dependência do Brasil em relação à agricultura. O setor agrícola foi determinante para a variação positiva do PIB. Os estados do Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Maranhão tiveram os maiores volumes relacionados ao agronegócio.

Já o Sudeste e o Centro-Oeste perderam participação no PIB nacional entre 2016 e 2017, puxados por São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal. Por outro lado, os estados que tiveram as melhores participações são Pará, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais e Rondônia. O cultivo de soja - produto mais exportado pelo Brasil -, milho e algodão se destacam. 

Justamente devido à grande dependência dos resultados da agropecuária, individualmente o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso tiveram perdas no período. Milho, soja e arroz tiveram redução de preços. No caso do estado do Centro-Oeste, a queda no preço do algodão herbáceo também impactou sobre os resultados econômicos. 

Também contribuíram para a diminuição da participação do Rio Grande do Sul na soma total das riquezas as reduções dos segmentos de refino de petróleo e coque e da fabricação de produtos químicos orgânicos e inorgânicos em Indústrias de transformação, não compensados pelo ganho de participação da fabricação de máquinas e equipamentos, além da atividade de construção civil que está em retração. 

Apesar de apresentar sua menor participação da série histórica, o Sudeste continuou concentrando mais da metade do PIB nacional, 52,9%.

Contribuição nacional

O PIB do Brasil em 2017 foi de R$ 6,583 trilhões. São Paulo somou R$ 2,120 trilhões, ou seja, mais de 30% do total, seguido por Rio de Janeiro (R$ 671,362 bilhões) e Minas Gerais (R$ 576,199 bilhões).

Em quarta posição, o Rio Grande do Sul gerou R$ 423,151 bilhões seguido pelo Paraná com R$ 421,375 bilhões. Os estados com menor geração de riqueza foram Roraima (R$ 12,103 bilhões), Acre (R$ 14,271 bilhões) e Amapá (R$ 15,480 bilhões).

PIB per capita 

O PIB per capita foi de R$ 31.702 em 2017, com variação de 4,2% em valor em relação a 2016. O Distrito Federal se manteve como maior PIB per capita brasileiro, R$ 80.502, cerca de 2,5 vezes maior que o PIB per capita do País.

Na análise do PIB pela ótica da renda, em 2017 foi a primeira vez na série em que a remuneração dos empregados perdeu participação em relação ao ano anterior, apesar de se manter como principal componente (44,4%), principalmente devido à queda no número de empregados com carteira de trabalho assinada.


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