RS tem queda nas vendas de veículos maior que do mercado nacional

RS tem queda nas vendas de veículos maior que do mercado nacional

Representantes do setor dizem que concessionárias cortaram 10% dos postos de trabalho

Rádio Guaíba

Representantes do setor dizem que concessionárias cortaram 10% dos postos de trabalho

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As vendas de veículos em 2015 no Rio Grande do Sul tiveram quedas ainda maiores que as registradas em nível nacional. Foi o que divulgaram, nesta quinta-feira, Sincodiv e Fenabrave–RS, entidades representativas do setor. O dado geral, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários, revela queda de 29,63%, em relação ao mesmo período de 2014. No Brasil, o desempenho caiu 21,85%.

Em autos e comerciais leves, as vendas caíram 31,5%, no Rio Grande do Sul, contra 25,59% no Brasil. Em motocicletas, a queda chegou a 19,92%, quase o dobro em relação à retração nacional, de 10,96%.

De acordo com as entidades, políticas públicas implementadas pelo governo gaúcho contribuíram para uma queda ainda mais acentuada. “O setor da distribuição de veículos acompanha o crescimento ou a retração da economia. Em especial, o setor foi prejudicado com alguns movimentos governamentais como o aumento recente do ICMS – contrariamente à lógica de baixar para atrair vendas. E o acúmulo de taxas de transferência, que no Estado foram cobradas em dobro desde 2012”, lembrou o presidente do sistema Sindodiv/Fenabrave-RS, Fernando Esbroglio.

O Rio Grande do Sul, que mantinha, tradicionalmente, o 3ª lugar do País no ranking de vendas, passou a cair nos últimos anos e, em 2015, ficou entre o 5 e o 6º lugar, disputando o posto com a Bahia. O desempenho em 2015 leva a números inferiores aos contabilizados em 2007. No ano passado, o RS comercializou 201.533 unidades enquanto, em 2007, foram 228.811.

“As margens de lucro nos veículos novos é exígua, o setor se viu obrigado a reduzir investimentos, quem pretendia investir em novos pontos de venda suspendeu para manter o caixa. O mais grave é o fechamento de concessionárias que viram sua lucratividade inviabilizar o negócio e a consequente redução de postos de trabalho, em 10%”, destacou Esbroglio.

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