"Salário mínimo está baixo, mas não tem como aumentar", diz Bolsonaro

"Salário mínimo está baixo, mas não tem como aumentar", diz Bolsonaro

Presidente relatou que reajuste na remuneração mínima reflete nos gastos com aposentados e pensionistas


R7

Para 2021, a proposta do governo prevê um aumento de 4,02%

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O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta quinta-feira que o atual valor do salário mínimo pago aos trabalhadores brasileiros "está baixo", mas afirmou que não existe a possibilidade de aumentar a remuneração. "Não tem de onde tirar dinheiro", disse.

"[O aumento do mínimo] reflete diretamente nos [ganhos de] aposentados e pensionistas. Reflete no pessoal do BPC (Benefício de Prestação Continuada]. Não sei o montante, mas são dezenas de bilhões de reais que se gasta com isso", analisou o presidente durante live transmitida nas redes sociais.

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo dos trabalhadores brasileiros deveria figurar na casa dos R$ 5.005,91 em outubro.

Para 2021, a proposta do governo prevê um aumento de 4,02% (+R$ 42,84) no salário mínimo dos brasileiros, que deverá aumentar dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.087,84. O reajuste leva em conta apenas o repasse do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, que deverá encerrar 2020 em 4,1%, e não deve resultar em ganho real aos profissionais.

Bolsonaro também defendeu a flexibilização de normas trabalhistas e afirmou que é contra "acabar com os direitos". "Que não me acusem de querer acabar com os direitos trabalhistas", pediu o presidente.

Ele ainda lembrou a proposta de reforma aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer e disse que os empresários olham sempre para os encargos antes de contratar novos profissionais. "Flexibilizar não quer dizer acabar", disse.

 


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