Saque com Pix vira alternativa após bancos fecharem mais de 5 mil terminais de autoatendimento

Saque com Pix vira alternativa após bancos fecharem mais de 5 mil terminais de autoatendimento

Modelo em consulta pública e que deve funcionar a partir de agosto dará maior disponibilidade de papel moeda

R7

Foram R$ 14,8 bilhões na segunda semana contra R$ 9,3 bilhões na primeira

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Os dois novos serviços vinculados ao Pix que devem estar disponíveis em agosto, o Pix Saque e Pix Troco, deverão facilitar o acesso a notas de dinheiro pelo país num momento em que os maiores bancos fecham agências e caixas.

Apenas em 2020, os cinco maiores bancos que atuam no país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander) fecharam 5.067 terminais próprios de autoatendimento, numa estratégia de redução de custos e também de riscos, em razão dos ataques aos terminais. Houve o fechamento ainda de 1,7 mil agências.

A implantação do Pix Saque e do Pix Troco foi colocada em consulta pública pelo Banco Central na segunda-feira, e a população pode opinar até o dia 9 de junho pela internet.

Segundo Walmir Freitas, diretor na Kroll, empresa especializada em segurança cibernética, a ideia facilita a vida do consumidor por permitir saques em mercados, lojas etc “visto que a quantidade de caixas eletrônicos está cada vez menor por causa até de segurança”. Ele cita os ataques a terminais, fato que atinge até caixas eletrônicos em supermercados.

Freitas destaca que a vantagem para o comerciante aderir ao novo sistema ainda precisará ficar mais clara. Uma das premissas é a de que o cliente aproveitaria a ida ao comércio para, além de retirar dinheiro, realizar algumas compras.

Ele vê como desejável uma remuneração ao comerciante para estimular a participação no programa. A possibilidade consta da proposta do Banco Central colocada em consulta pública. A premissa é que haverá um sistema em que o cliente não pagará nada ao comércio e terá um limite de até quatro saques gratuitos por mês, sem pagar taxas ao seu banco, considerando também a modalidade troco. Deverá haver um limite de R$ 500 por dia.

Pela proposta, o banco do sacador pagará uma tarifa ao banco do agente de saque, um supermercado, por exemplo. E o banco do comércio, por sua vez, repassará parte do valor ao comerciante. As taxas ainda serão definidas pelo Banco Central.

Bancos menores

Para Angelo Duarte, chefe do departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, as vantagens do Pix Saque e do Pix Troco consideram a ausência da estrutura bancária em parte do país, especialmente nas pequenas cidades e nas periferias das grandes cidades. "Isso traz um transtorno as pessoas. No caso das grandes cidades, as pessoas têm que deslocar por distâncias grandes. Esse é um dos pontos que nós teremos que atacar", afirma.

Duarte destaca também a possibilidade de clientes de bancos menores possam ter acesso ao dinheiro em papel. "Os ATM [caixas eletrônicos] servem de forma assimétrica às grandes instituições. Os novos serviços vão dar oportunidade para que instituições financeiras menores ofertem serviços de saque em igualdade de condições com as grandes instituições", afirmou em entrevista coletiva na segunda-feira.


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