Sindilojas prevê queda de 70% nas vendas do Dia das Mães em Porto Alegre

Sindilojas prevê queda de 70% nas vendas do Dia das Mães em Porto Alegre

Para entidade, setor não estará a salvo nem mesmo quando passar o atual momento

Correio do Povo

Nas zonas comerciais da cidade havia um bom movimento de pessoas, mas nem todas carregavam sacolas de compras

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A queda nas vendas para o Dia das Mães na Capital ficará em torno de 70% em comparação ao mesmo período do ano passado. A previsão é do presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, à reportagem do Correio do Povo no início da tarde deste sábado. “Lamentavelmente. É uma queda muito expressiva em função da pandemia”, desabafou. “Teve algumas lojas que abriram e outras que não poderiam mas abriram…”, constatou. Ele disse que nem os estabelecimentos comerciais que também comercializam pela internet atingiram os patamares esperados. “Não chegaram ao que deveria ser, mas quem tinha condições de vender pelas redes mesmo assim está vendendo”, observou.

Nas zonas comerciais da cidade havia um bom movimento de pessoas, mas nem todas carregavam sacolas de compras. Na rua dos Andradas, os camelôs invadiram o local enquanto a maioria das lojas permanecia fechada.

O presidente do Sindilojas recordou que o Dia das Mães é uma data muito significativa. “Realmente lamentamos profundamente que não estejamos abertos nesta data..é um impacto muito forte”, avaliou. Paulo Kruse lembrou que, em outras cidades, os shoppings centers estão abertos com bom comparecimento dos consumidores. “Não esperávamos isso. O comércio havia se preparado”, enfatizou. 

Ele recordou que o comércio já vinha sofrendo com a crise econômica nos últimos anos. “Não havíamos chegado no valor ao que se vendia antes em 2014 e 2015”, comparou. Com a pandemia do novo coronavírus, uma parte do consumidor perdeu um percentual da renda, muitos ficaram desempregados e outros estão assustados, enquanto existem aqueles que ainda deseja efetuar compras. “Tudo isso é verdadeiro”, afirmou, referindo-se às causas da situação agravada com as lojas fechadas. 

Para o dirigente lojista, o setor não estará a salvo nem mesmo quando passar o atual momento. “A pandemia vai criar um problema bem sério nos próximos meses e anos”, alertou. “A volta não será de normalidade”, previu. Paulo Kruse considerou que o retorno será lento. “Devemos demorar dois anos para voltar ao que tínhamos antes da pandemia. Teremos um número grande de estabelecimentos que não conseguirão abrir e outros depois de 60 e 90 dias que deverão fechar”, avaliou. “É muito triste o que está acontecendo”, sintetizou.

Pesquisa

Já uma pesquisa encomendada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre havia realizado um levantamento nacional que previu uma queda de 55% nas vendas do Dia das Mães na comparação com o ano passado. O varejo também estimou diminuição dos gastos pelos consumidores, com 93% dos pesquisados projetando a baixa. Como medidas para sobrevivência, 85% dos entrevistados já adotaram ou irão implantar ações para manutenção do negócio. Por outro lado, 62% tentarão evitar despesas extras, além de apostar na redução de custos fixos e na renegociação com fornecedores. 

A pesquisa da CDL POA também questionou os empresários sobre quais medidas adotadas para melhorar as vendas no Dia das Mães. As empresas apontaram ações como estimular vendas nas redes sociais, criação de novas promoções e facilitar o prazo de pagamento, além de conceder descontos em produtos de estoques, criar um canal de vendas online e oferecer novas formas de pagamentos. Sobre o otimismo de superar o momento, 77% dos empresários acreditam recuperar os negócios em até um ano após a pandemia. O levantamento foi realizada entre 23 e 30 de abril, com 500 micros e pequenos empresários, além de representantes dos setores do comércio e de serviços, de todas as regiões do país.


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