Suspensão de empresas segue durante a semana, diz Anatel
Claro encaminhou plano de investimentos ao órgão nesta segunda-feira
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A medida que suspendeu a venda de chips das operadoras foi anunciada na quarta-feira da semana passada. O motivo são as crescentes queixas dos consumidores em relação aos serviços dessas empresas. Juntas, as três empresas têm cerca de 70% do mercado de telefonia móvel no país, conforme a Anatel.
Segundo o superintendente, ainda não há prazo para a retirada da suspensão. De acordo com Ramos, as propostas encaminhadas pela operadora precisam de mais detalhamento, principalmente quanto à projeção de aumento e atendimento à demanda nos próximos dois anos. "Isso tem a ver também com os planos de serviço e a estratégia de marketing da empresa".
Além da Claro - punida em três Estados - a Oi foi suspensa em cinco e a TIM em 19 unidades da Federação. No Rio Grande do Sul, apenas a Oi está impedida de vender novas linhas telefônicas. Ramos informou que todas as empresas distribuíram avisos sobre a suspensão das vendas a partir desta segunda-feira e a fiscalização da Anatel ocorrerá nas centrais de habilitação das companhias. O órgão se reunirá com a TIM na terça-feira, às 11h, e com a Oi, no período da tarde.
Claro terá que apresentar mais dados sobre tráfego
Após a reunião, o presidente da companhia, Carlos Zenteno, afirmou que deve enviar novos dados ao órgão ainda nesta segunda-feira. "A reunião foi positiva, mas a Anatel pediu novos detalhamentos de crescimento de tráfego nos próximos anos, considerando grandes eventos e considerando as ofertas e promoções da Claro. Hoje mesmo vamos confirmar os dados e detalhar informações adicionais", disse o executivo.
Segundo ele, além dos investimentos previstos na rede para os próximos dois anos, a Claro apresentou um plano de ações, com a ampliação da plataforma de fornecedores e com a implementação até setembro de um novo sistema de remanejamento das ligações da central de atendimento. "É importante destacar que estamos cumprindo todos os indicadores de qualidade de rede. A Claro teve problemas pontuais e específicos no call center, com problemas nas entregas de alguns fornecedores", alegou Zenteno.
O presidente da Claro disse ainda que a empresa já tem prejuízos com a proibição de venda novos chips desde a 0 hora de hoje em Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. "Deixar de vender é muito crítico para qualquer companhia. Por isso temos a expectativa de que a situação seja resolvida no curto prazo, sobretudo porque a Claro teve, desde sempre, uma postura proativa. Fomos a primeira companhia a apresentar planos e esperamos ser também os primeiros a resolver a situação", concluiu.