Taxa de desemprego sobe a 13,3% no trimestre até junho, diz IBGE

Taxa de desemprego sobe a 13,3% no trimestre até junho, diz IBGE

Resultado ficou dentro da projeção de analistas

AE

No mesmo período, em 2019, a taxa de desemprego era menor: 12,0%

publicidade

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,3% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,0%. No trimestre até maio de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,9%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.500 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 203,519 bilhões no trimestre até junho, queda de 4,4% ante igual período do ano anterior.

No trimestre terminado em junho de 2020, faltou trabalho para um recorde de 31,946 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 24,4% no trimestre até março para 29,1% no trimestre até junho, maior resultado da série.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,8%.

A população subutilizada cresceu 15,7% ante o trimestre até março, 4,3 milhões pessoas a mais. Em relação ao trimestre até junho de 2019, o avanço foi de 12,5%, mais 3,5 milhões de pessoas.

Desalento

O Brasil alcançou um recorde de 5,683 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, segundo o IBGE. O resultado significa 913 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um salto de 19,1%. Em um ano, 806 mil pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 16,5%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Massa de salário

A perda de trabalho por milhões de brasileiros derrubou a massa de salários em circulação na economia durante a pandemia do novo coronavírus. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 9,391 bilhões no período de um ano, para R$ 203,519 bilhões, uma queda de 4,4% no trimestre encerrado em junho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o trimestre terminado em março, a massa de renda real encolheu 5,6%, com R$ 12,017 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 3,6% na comparação com o trimestre até março, R$ 160 a mais.

Em relação ao trimestre encerrado em junho do ano passado, a renda média subiu 4,6%, R$ 110 a mais, para R$ 2.500.

 

 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895