Trabalho formal mostra acréscimo de 2% no RS

Trabalho formal mostra acréscimo de 2% no RS

Boletim divulgado pelo DEE também revela elevação da taxa nas formas de contratação mais flexíveis, possíveis a partir da reforma


Correio do Povo

A nova edição do Boletim de Trabalho contempla também dados até o terceiro trimestre de 2020

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Após quatro anos de resultados que apontaram perdas ou estagnação, o mercado formal de trabalho do Rio Grande do Sul voltou a registrar expansão em 2019, alta de 2% ante os 12 meses anteriores, o que representou saldo positivo de 57.194 vínculos. O resultado é o primeiro aumento na série desde 2014. Mesmo com a recuperação, o número de empregados registrados no RS em 2019, 2,96 milhões, ainda estava abaixo dos patamares de 2015 com 3 milhões e de 2014 com 3,1 milhões, número máximo. Os dados do Boletim de Trabalho do RS divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) mostram que a alta veio acompanhada de mudanças no tipo de vínculo de trabalho.

As formas de contratação mais flexíveis, possíveis a partir da reforma na legislação trabalhista, representavam 2,9% do emprego em 2017, participação que subiu a 15,3% dos vínculos formais em 2019, patamar também superior ao nacional, de 13,19%. Entre estas formas de emprego há mais vínculos de CLT com empregador pessoa jurídica, no meio urbano e por tempo determinado. Entre os ramos em  destaque neste caso específico estão alimentos e bebidas com 22%, comércio atacadista com 21,8%, varejista com 19,5% e construção  com 20,6%.

A nova edição do Boletim de Trabalho contempla também dados até o terceiro trimestre de 2020. Em relação ao desemprego no RS neste período, a taxa chegou a 10,3%,  maior nível de toda a série da pesquisa, o que representou 574 mil pessoas contra 535 mil do trimestre anterior e 540 mil no terceiro trimestre de 2019. Quanto ao nível de ocupação, que é o percentual de ocupados em relação às pessoas em idade de trabalhar, o indicador atingiu 51,5% no período contra 53,1% no segundo trimestre de 2020 e 58,3% no terceiro trimestre do ano anterior.

As informações baseadas nos indicadores da PNAD do IBGE mostram que tanto a Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT) quanto o nível de ocupação  atingiram os menores patamares da série iniciada em 2012. A TPFT, que indica o índice de pessoas em idade de trabalhar, 14 anos ou mais e empregadas ou na busca ativa de trabalho, chegou a 57,5%. O resultado está abaixo dos 58,6% apurados no segundo trimestre do ano passado e dos 64% vistos no terceiro trimestre de 2019.


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